A notícia da redução do IPI para praticamente todos os setores da indústria foi bem vista. O Imposto sobre Produtos Industrializados teve uma redução de até 25% sobre a alíquota vigente, mas de 18,5% para automóveis. O que parecia ser um sinal de fôlego e redução dos preços nas lojas pode não ser o esperado ao menos em um primeiro momento.
O que ouvindo ao primeiro momento pode parecer algo importante, mas no fundo pode resultar em reduções relativamente pequenas para o preço final ao consumidor. Em carros 1.0, por exemplo, não chega a R$ 1.000 a redução dependendo do valor de tabela. Para completar, o máximo que pode acontecer é o IPI menor mascarar um novo aumento de preços nos próximos meses - ou semanas.
Outro fator que impacta é como essa redução chega nos concessionários. Afinal, cobrar um valor acima do tabelado é uma prática que voltou ao mercado com os menores estoques em determinados modelos e configurações. Ou seja, o vendedor não irá repassar essa leve redução para você, assim como promoções e negociações ainda são raras no mercado atual - mas que podem voltar a aparecer se as vendas seguirem em baixa como nos últimos dois meses.
Ou seja, a redução não impactará no bolso do consumidor. Pode até ter uma redução dos valores de produção, por exemplo, pelo IPI em componentes utilizados na indústria, mas a grande massa provavelmente não verá um resultado que realmente faça a diferença neste momento. Ao menos já é alguma redução nas altas cargas de impostos.
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