Lançado no final de agosto, a segunda geração do Hyundai Creta 2022 gerou polêmica desde quando era visto camuflado nas ruas devido ao seu design um tanto ousado. Mas alguns meses se passaram e os seus números de vendas passaram a crescer exponencialmente, tanto que o SUV compacto terminou 2021 como o 2º mais vendido (sendo o 3º no ranking geral de utilitários). Agora você verá as diferenças entre as versões Comfort 1.0 TGDI e o Ultimate 2.0.
As duas versões citadas acima são, respectivamente, as versões de entrada e topo de gama do SUV. Vale lembrar que nessa comparação ponto a ponto escolhemos a versão mais barata da atual geração do Hyundai Creta 2022, a Comfort 1.0 TGDI que custa R$ 114.990, em vez da configuração Action – que é mais barato (R$ 102.490), mas pertence a geração antiga do modelo e vem com o antigo 1.6 aspirado. Se você prefere a topo de linha Ultimate, a única equipada com motor 2.0 aspirado, saiba que ela é tabelada em R$ 161.990. Sem mais delongas, vamos conferir as diferenças em diversos aspectos entre o Creta básico e o mais completo.
Iniciando as comparações aqui entre o Creta Comfort 1.0 TGDI e o Creta Ulimate 2.0, já é previsível que a versão de entrada do SUV compacto tem estilo, digamos, menos “elaborado”. E definitivamente o que mais incomoda aqui são as rodas de 16 polegadas com pneus 205/65, que acabam ficando pequenas para a segunda geração do modelo, que ganhou porte e ficou mais “assentada” ao chão. Assim, existe um maior vazio dentro das caixas de roda, que acabam não sendo totalmente preenchidas.
Outro ponto que acaba causando estranheza no estilo do utilitário mais básico e que chama a atenção de longe é a grade dianteira hexagonal com frisos horizontais pintados em plástico preto, que acabam denotando uma falta de acabamento (o que não ocorre, é apenas uma grade mais simples exclusiva desta versão). O bacana é que nessa versão o carro tem o acabamento prata que vai do teto até a coluna “C”, detalhe estético que acaba valorizando o visual final. Na parte traseira, o para-choque é preto com refletores, enquanto a tampa traseira traz o logotipo TGDI – que identifica as versões com motor turbo.
Em relação ao Comfort 1.0 TGDI, o Creta Ultimate 2.0 acaba contando com uma maior “presença” quando colocado lado a lado, embora a quantidade de diferenças não seja tanta assim. Mas o principal motivo pelo qual a versão topo de linha do SUV compacto se destaca são as belas rodas de liga-leve de 18 polegadas diamantadas com pneus 215/55, que acabam se sobressaindo em relação ao conjunto 205/65 R16 do modelo de entrada. Neste caso, as rodas maiores e com design arrojado acabam conversando mais com o restante da carroceria, marcada pelos faróis e lanternas divididas.
Não tem como ficar indiferente também com a grade dianteira da versão Ultimate, muitíssimo mais elaborada do que a usada na Comfort por seu acabamento com efeito entrelaçado e pintura prata. Mas vale relembrar aqui que essa grade está disponível a partir da configuração Limited 1.0 TGDI, a versão seguinte à Comfort. Os faróis têm arranjo interno próprio devido a iluminação full-LED, com o SUV somando faróis de neblina na parte inferior. A pintura em prata está presente no para-choque dianteiro e traseiro, enquanto as lanternas também trazem assinatura em LED.
Dadas as diferenças na parte externa, é hora de saber o que muda por dentro entre o “basicão” e o completo. E não custa lembrar aqui nesse comparativo de versões que o valor que separa ambos é considerável: nada menos do que R$ 47.000. Para começar, o Creta Comfort traz cabine monocromática em preto e uso massivo de plástico, que traz bom padrão de montagem. Já os bancos são de tecido e tem bons apoios laterais, enquanto no lado direito do painel se sobressai um detalhe que lembra costura em couro, mas é apenas uma textura que imita o material.
O Hyundai Creta 2022 de entrada tem volante multifuncional sem revestimento, molduras em prata nas saídas de ar, além de computador de bordo com tela monocromática de 3,5 polegadas na parte central. O ar-condicionado tem acionamento manual e a tela da central multimídia tem 8 polegadas, que traz três botões laterais de cada lado, além dos típicos comandos giratórios de volume e estação de rádio. A partida é feita no modo clássico girando a chave na ignição, enquanto o console central tem o freio de estacionamento mecânico, porta-copos e porta-trecos à frente da alavanca de câmbio.
Escalando para o Creta Ultimate, a cabine ganha um refinado por conta do padrão de cores marrom e bege, embora o acabamento em plástico seja o mesmo da versão mais barata. Os bancos são de couro com acabamento perfurado na parte central, que combina bege e marrom, mesmo padrão aplicado no painel. O volante tem o mesmo design, mas é revestido em couro (marrom) e soma paddle shifts para trocas manuais de marcha.
Porém o destaque aqui é a central multimídia com tela maior de 10,25 polegadas, que acaba dando um visual mais bem resolvido por preencher toda a seção central do painel (o desenho mais alto do painel se inicia no para-brisa e afunila passando pela tela e indo até o console), trazendo ainda um botão giratório central com iluminação azul e ladeado por uma linha de botões. Logo abaixo estão os comandos do ar-condicionado, que aqui é automático e com tela digital monocromática azul.
No console, o Creta “top” troca a alavanca do freio de estacionamento por um botão, que é acompanhado de outros comandos como câmera 360º, auto hold, start-stop e um botão rotativo para seleção dos modos de condução. O painel de instrumentos soma tela colorida de 7”, que exibe ainda imagens da câmera direita do retrovisor onde ficaria o ponto cego do carro. Por fim, o interior fica bem iluminado por conta do teto solar panorâmico elétrico, o que aumenta a sensação de espaço – já ampliada pelos tons claros no interior.
Apesar de ser uma versão de base, o Creta Comfort 1.0 TGDI tem preço na faixa dos R$ 115 mil e isso por si só impediria que ele fosse muito básico. Assim, traz faróis com projetor, luzes diurnas em LED, rodas de liga-leve de 16”, computador de bordo com tela de 3,5”, apoio de braço central, controles eletrônicos de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas e seis airbags.
Também soma monitor de pressão dos pneus, travas e vidros elétricos, ar-condicionado, volante com ajuste de altura e distância, câmera de ré, direção elétrica, retrovisores elétricos, piloto automático, start-stop, faróis automáticos e central multimídia de 8” com Android Auto e Apple CarPlay sem fio.
No outro extremo eis o Creta Ultimate 2.0, que fica três versões acima do Comfort. Assim, ele soma um bando de equipamentos adicionais como sistema Bluelink, faróis de neblina, rodas de liga leve de 18 polegadas diamantadas, volante revestido em couro marrom, sensor de estacionamento dianteiro e traseiro, ar-condicionado digital automático, carregador wireless para smartphone, chave presencial, partida por botão, saída de ar para o banco traseiro e retrovisores com rebatimento elétrico. Respire aí que ainda há central multimídia de 10,25 com suporte a Android Auto e Apple CarPlay com fio e interior nas cores bege e marrom.
A versão topo de linha do Creta tem ainda painel de instrumentos com tela de 7” colorida, teto solar panorâmico, faróis e lanternas de LED, bancos de couro marrom e bege, detector de fadiga, controle de cruzeiro adaptativo, frenagem autônoma de emergência, assistente de permanência em faixa, farol alto adaptativo e sistema de som com dois tweeters. Tem monitor de ponto cego (por câmera), freio de estacionamento eletrônico com função auto hold, monitor de pressão dos pneus com indicador individual, banco do motorista com ventilação, câmera para visçao 360 graus e seletor de modo de condução nos modos Normal, Eco, Sport e Smart.
Em relação a motorização, o Hyundai Creta 2022 na versão Comfort traz o motor 1.0 turbo GDI de três cilindros, o mesmo que equipa HB20 e HB20S. No SUV compacto eis as mesmas especificações: são entregues 120 cv a 6.000 rpm e 17,5 kgfm a 1.500 rpm, sempre com câmbio automático de 6 marchas. Já o Creta Ultimate é o único oferecido com o antigo motor 2.0 aspirado, como havíamos mencionado. Assim, o propulsor rende 157 cv a 6.200 rpm e 19,2 kgfm de torque a 4.700 sempre com gasolina, enquanto que com etanol a potência sobe para 167 cv e o torque para 20,6 kgfm – ambos na mesma faixa de rotação. A transmissão também é automática de 6 velocidades.
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