Desde março do ano passado os preços dos carros vem subindo cada vez mais, influenciados tanto pela falta de componentes, quanto pela inflação e desvalorização do real. E ficou ainda mais difícil para quem está interessado em ter o seu primeiro carro automático por estes aumentos consecutivos, mesmo que existam mais opções no mercado. Por isso, para te ajudar na busca, vamos listar os 10 carros automáticos mais baratos do Brasil.
É uma lista que vai causar indignação, pois o veículo mais barato da lista já custa R$ 68.390, o que é uma diferença considerável em comparação com os R$ 56.890 antes cobrados pelo Toyota Etios quando fizemos este ranking pela última vez. Para piorar, há um espaço muito grande depois dos R$ 68,3 mil do Chevrolet Onix, passando dos R$ 80 mil.
Consideramos apenas os modelos que ainda estão nas lojas de fato e deixamos de lado casos como do Kia Rio, que até é listado por R$ 84.990 no site oficial, mas que já não é importado há um tempo - até foi renovado no México e ainda não foi atualizado aqui.
Fica fácil entender porque o Chevrolet Onix era o automóvel mais vendido do país antes de ter sua produção suspensa por meses pela escassez de semicondutores. Por R$ 68.390, cobrados pela versão AT 1.0 Turbo, o hatch encabeça a lista dos 10 carros automáticos mais baratos do Brasil e, por este preço e considerando o cenário atual, ainda é um veículo acessível ao pensar no mercado como um todo (tanto é que o 3º colocado encosta nos R$ 80 mil). Utiliza o 1.0 turbo de três cilindros de 116 cv e 16,8 kgfm e a transmissão automática é de 6 marchas.
Curiosamente, o Onix Plus custa os mesmos R$ 68.390 que o hatch, na mesma versão AT 1.0 Turbo, então você pode ver o que atende melhor a sua demanda por espaço. Assim como no hatchback, esta versão é básica, mas não tão mal equipada. Já traz seis airbags, controles de estabilidade e tração, ar-condicionado, rádio com bluetooth, travas e vidros elétricos, volante multifuncional e mais. Além de oferecer mais espaço, também é mais econômico do que o hatch (confira a lista dos 10 carros mais econômicos do Brasil).
Por sua idade e posicionamento como o carro mais barato da Volkswagen, era de se esperar que o Gol não custasse muito e que estivesse em uma boa posição entre os 10 carros automáticos mais baratos do Brasil, mas é curioso que ainda assim seja mais caro do que o Onix. Para piorar, não é uma compra tão racional, já que é muito básico, sem controle de estabilidade, direção elétrica ou mesmo rádio – e olha que custa R$ 80.690, apenas R$ 480 menos do que o Polo 1.6 AT.
Como falamos acima, o Polo é uma compra bem mais interessante do que o Gol. Os dois usam o mesmo conjunto mecânico, com o 1.6 MSI de 117 cv e 16,5 kgfm, combinado a um câmbio automático de 6 marchas. Começa a ficar mais interessante ao olhar para o resto do pacote, por ser um veículo mais moderno, com uma plataforma atual e bem mais equipado. Tem controle de estabilidade, vidros traseiros elétricos, quatro airbags, direção elétrica, retrovisores com ajuste elétrico e assistente de partida em rampas.
Após o reposicionamento de preços que a Stellantis fez com o Peugeot 208, o hatch ficou bem mais interessante. A versão Active é vendida por R$ 80.990 e traz itens como iluminação diurna em LEDs, rodas de liga leve de 16”, central multimídia de 7”, quatro airbags, direção elétrica, ar-condicionado digital e controles de estabilidade e tração. Sob o capô está o 1.6 de 118 cv e 15,2 kgfm, usando uma transmissão automática de 6 marchas.
O primeiro carro com câmbio do tipo CVT da lista é o Toyota Yaris, que praticamente ocupou o lugar que antes era do Etios na lista dos 10 carros automáticos mais baratos. Porém, por R$ 84.090, a versão mais barata é a XL Live, bem simples e que deve muitos equipamentos. Não tem rádio, só tem dois airbags e o único outro equipamento de segurança é o módulo eletrônico para controles de estabilidade e tração. Além disso, é a única versão do hatch que ainda usa o 1.3 de 101 cv e 12,9 kgfm.
O Hyundai HB20 é uma situação curiosa na lista, pois custa R$ 85.190 na versão Platinum, apenas uma abaixo da topo de linha. Ou seja, é o mais equipado deste ranking, com equipamentos como câmera de ré, chave presencial, controle de cruzeiro, central multimídia de 8”, sensor de estacionamento traseiro, faróis com acendimento automático, entre outros. Com o fim do 1.6 para a linha do hatch, esta configuração agora vem com o 1.0 turbo de 120 cv e 17,5 kgfm, a única opção com uma transmissão automática de 6 marchas.
Enquanto o HB20 normal descartou o 1.6 aspirado de 130 cv e 16,5 kgfm, o HB20X segue sendo vendido com esta motorização, usando o mesmo câmbio automático de 6 marchas. No entanto, é uma versão menos equipada do que o HB20, oferecendo menos equipamentos, ainda que custa R$ 100 a mais. Ainda traz equipamentos como controle de estabilidade e tração, direção elétrica, ar-condicionado, central multimídia de 8” com Android Auto e Apple CarPlay e quatro airbags.
No caso do Yaris, a diferença de R$ 3.200 entre o hatch e o sedã é justificada pela adoção do motor 1.5 de 110 cv, também combinado ao câmbio CVT que simula 7 marchas. Tirando isso e o fato do sedã ter mais espaço, o carro é basicamente o mesmo, com controle de cruzeiro, ar-condicionado manual e controles de estabilidade e tração.
O Voyage sofre do mesmo mal que o Gol, cobrando bem mais do que um de seus rivais por um carro bem menos equipado e que já mostra a idade há tempos. Também repete a mecânica do hatch e os equipamentos, o que significa que tem o 1.6 de 117 cv, transmissão de 6 marchas e não tem nem um rádio ou direção elétrica.
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