A Ford pegou todos de surpresa no começo desta semana ao anunciar o fechamento de suas fábricas no Brasil. Com isso, as plantas de Camaçari (BA), Taubaté (SP) e Horizonte (CE) deixam de produzir Ford Ka, Ka Sedan, EcoSport e Troller T4, além de motores e transmissões. Mas qual o impacto disso para o mercado e para o consumidor?
Há alguns anos que a marca foca seus esforços nos segmentos de SUVs e picapes, consideravelmente mais rentáveis. Ao redor do mundo, a Ford tomou decisões como a anunciada no Brasil, e inclusive anteriormente já tinha passado o cadeado na planta de São Bernardo do Campo (SP), onde eram produzidos os caminhões e o Fiesta. Mas não foi apenas isso que levou a marca a tomar tal decisão.
Para o consumidor, apesar dos modelos fora de linha, a Ford diz que manterá toda a parte de garantias e pós-vendas pelos prazos legais, além do fornecimento de peças e componentes. Aos que procuram um Ford novo, haverá modelos inéditos a serem apresentados nos próximos meses, inclusive o novo Bronco Sport, SUV médio para concorrer com o Jeep Compass.
De fabricante a importadora, a Ford vê no seu passado uma parcela de culpa por esta decisão, com modelos que ficaram "esquecidos" no tempo em um mercado cada vez mais competitivo e sem espaço para erros. Ao mesmo tempo, há a antiga polêmica em cima da carga tributária brasileira, um dos fatores que levaram investimentos do Brasil para a Argentina, onde será produzida uma nova geração da picape Ranger, e para o México, onde será feito o Bronco Sport e a picape Maverick.
No podcast desta semana, discutimos todos estes fatores e como você, cliente, será impactado. Também falamos sobre outros efeitos colaterais, como milhares de postos de trabalho fechados direta e indiretamente nas 3 fábricas e o que esperar desta nova fase da Ford, a primeira fabricante de automóveis a se instalar no Brasil há mais de 100 anos.
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