Collection: Das miniaturas para o mundo real dos Hot Rods
A cultura dos Hot Rods será o tema do próximo Auto Show Collection
A cultura Hot Rod nasceu praticamente junto com sua maior referência, Ed Roth, um norteamericano de família alemã que difundiu essa cultura a partir dos anos 1960. Inspirando a juventude, se tornou junto com seu personagem, Rat Fink, uma referência na arte e na cultura dos Hot Rods, até hoje pouco difundida no Brasil.
Apesar disso, a cultura Hot tem fãs como o paulistano Beto Sanazar, que sempre sonhou com as ilustrações coloridas do rato desajeitado, os monstros criados por Ed “Big Daddy” Roth e seus carros com carroceria de fibra. Aliás, aí está um dos maiores conflitos sobre os hot rods. “Em vários eventos vejo que algumas pessoas vem bater com as mãos na carroceria do carro e dizem: ‘ah mas é de fibra’ e não sabem que esses carros originalmente são feitos em fibra”, lembra Sanazar.
A paixão de Beto começou com um dos famosos kits Revell (marca famosa no plastimodelismo, arte de montar e personalizar miniaturas plásticas) de montagem quando decidiu que queria construir um T-Bucket de verdade. E ele está coberto de razão. Ed Roth fazia seus projetos usando a tecnologia do fiberglass, a fibra de vidro, um material moldável que servia de base para fazer carros artesanais desde 1949, quando o Glasspar G2 foi apresentado.
A pintura da carroceria na cor preta com os flames vermelhos e o número 28 que remete ao ano do carro se integram com o visual das rodas “Boneville”, bancos em couro, instrumentação Auto Meter, volante Ford Racing, tudo segue a linha “original” dos extensamente modificados Hot Rods. O motor também segue a linha dos hots com um V8 302 adotado aqui pelo Maverick e pelo Galaxie, e que nos Estados Unidos é fácil de encontrar peças como um motor Volkswagen AP por aqui. Tem cerca de 200cv e recebeu melhorias que muitos fãs desse motor aplicam em suas máquinas: distribuidor eletrônico HEI, comando Edelbrock e scoop Mr. Gasket. Câmbio automático C4, original, suspensão Four link na traseira e eixo rígido na dianteira completam a fórmula.
Galeria: Collection: Hot Rods
Na traseira destaque para o tanque de alumínio e a capa do diferencial que também segue a clássica receita do Hot Rod. As criações de Ed Roth não se restringiram, no entanto, aos carros dessa época. O customizador começou com seu primeiro carro, um Ford 1933, e fez inúmeros projetos com carros mais antigos que ficavam jogados em ferros velhos nos anos 1950 e 1960. Roth queria popularizar a cultura automotiva dando sobrevida a esses veículos que iam parar nas mãos de jovens que tinham pouco dinheiro e habitavam os extensos subúrbios dos Estados Unidos.
Esses rapazes eram conhecidos como “greasers”, graxeiros, e se divertiram muito a bordo desses carros únicos. O seu criador fez fama e dinheiro com o personagem Rat Fink, estampou milhões de camisetas, fez centenas de eventos, cedeu sua imagem à muitos projetos de fabricantes de brinquedos e de automóveis. Deixou seu legado após partir em 2001, enquanto a febre dos hot rods tem fãs dispersos pelo mundo inteiro. Parte de desta cultura é o tema do próximo Auto Show Collection, dia 03 de setembro, na Noite dos Hot Rods e Pickups, com cerca de cem exemplares customizados, incluindo muitos hot rods, rock ao vivo e exposição de carros antigos.
O AutoShow Collection é parceiro do Motor1.com Brasil. O evento acontece sempre na primeira terça-feira de cada mês. Reúne carros clássicos e modificados no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo (SP). Para mais informações, acesse www.autoshowcollection.com.br
RECOMENDADO PARA VOCÊ
Ferrari 250 GTO (1962-1964), a mais perfeita tradução da casa de Maranello
Semana Motor1.com: novo Corolla 2025, Tracker mais potente e mais
GAC Motors: da união de pequenos fabricantes locais ao mercado mundial
Ano de 2025 promete vendas em ascensão: até 3 milhões de unidades
Alfa Romeo 2300: uma caravana para comemorar os 50 anos de estrada
Família New City 2025: Modernidade, Tecnologia e Eficiência no Segmento de Compactos
As marcas obscuras que chegaram ao Brasil na febre de consumo do pós-guerra