Nome: Chevrolet GPiX
Estreia: Salão do Automóvel de São Paulo 2008
Especificações: Sem motorização. Quando virou o Agile, usou o 1.4 8V Econo.Flex de 102 cv e 13,5 kgfm, acoplado ao câmbio manual de 5 marchas.
Porque lembramos dele: Em 2008, a General Motors estava mal das pernas, acompanhando a crise do mercado norte-americano. Chegou muito perto de fechar as portas, entrando em concordata em 2009. Um dos fatores que sustentou a empresa foi seu desempenho no mercado brasileiro, onde a marca precisava manter o bom resultado. Sua linha, formada principalmente por Corsa e Astra, estava envelhecida. Para dar nova vida ao seu portfólio, criou o projeto Viva, um novo hatchback que ficaria entre os dois modelos anteriores.
O projeto Viva foi antecipado por um conceito, o GPiX, apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo de 2008. Seu nome tinha um significado: o "G" era de "global", e o "Pix" era abreviatura de "picture" (imagem, em inglês). A Chevrolet utilizou o GPiX para adiantar sua nova identidade visual, que seria padronizada em todo o mundo, com destaque para grade dianteira dividida em duas partes. Na época, Ed Welburn, responsável pelo design da fabricante, disse que a GM precisava de um DNA global.
O GPiX era um crossover-cupê que daria vida à uma linha inédita de veículos. Acabou dando origem a somente dois, o Agile (muito criticado por sua qualidade e pelo design, que acabou bem diferente do conceito) e a Montana de segunda geração. O protótipo tinha detalhes como luzes em LED no para-choque, além de faróis mais afilados e uma grade mais discreta. Como era inspirado nos cupês, a linha da capota era um pouco mais inclinada. O carro todo era mais alto, o que fez com que muita gente acreditasse que a GM teria ali um SUV compacto para brigar com o Ford EcoSport. Trazia ainda rodas de 17 polegadas de liga leve e teto panorâmico.
Do lado de dentro, tinha espaço para somente quatro pessoas e os bancos traseiros podiam ser rebatidos, criando um assoalho reto. Adiantava também algumas tecnologias, como o painel digital e um sistema de som que conseguia conectar com celulares via Bluetooth, controlado pelo volante. Era equipado com ar-condicionado, direção elétrica e vidros elétricos. Quando chegou às lojas, como Agile, herdou a plataforma do velho Corsa (1994) e não empolgou. Serviu apenas para mostrar que a GM estava viva até a chegada do Onix, em 2012, esse sim um sucesso de vendas.
Fotos: Divulgação
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