Em um movimento inesperado em busca do mercado perdido, a Fiat deverá dar um passo para trás. Durante entrevista coletiva, Antonio Filosa, novo presidente da FCA no Brasil, afirmou que o Uno será simplificado para voltar a custar barato, ficando mais próximo do Mobi em preços. De olho no Renault Kwid, a proposta é voltar a usar o motor 1.0 Fire de 4 cilindros e eliminar outras tecnologias, como a direção elétrica. Tudo para custar abaixo dos R$ 40 mil.
Por isso, vamos remontar a 2001, quando a Fiat deu ao velho Uno Mille uma nova chance. Quando todos achavam que ele enfim seria aposentado pelo Palio, a marca de Betim (MG) mostrou o Fiat Uno Mille Fire, uma atualização mecânica que, diferentemente do que irá acontecer este ano, melhorou o Uno.
Ainda com a carroceria quadradinha, com os pequenos faróis na dianteira e placa na tampa traseira, o Mille ganhou o motor 1.0 8 válvulas Fire (sigla de Fully Integrated Robotized Engine), que havia estreado no Palio EX pouco tempo antes. Perdia 6 cv na comparação com o 1.0 Fiasa, tendo 55 cv, mas levava vantagem no torque de 8,5 kgfm entregue de 2.500 a 4.250 rpm. Além disso, o conjunto era 23 kg mais leve.
Junto com novo motor, a Fiat colocou sua nova logomarca na grade dianteira, além do volante vindo do Palio e novos materiais no painel. A reestilização mais pesada do Mille aconteceria apenas no ano seguinte.
Por conta do novo motor Fire, as respostas ficaram mais rápidas e o consumo chegava, segundo a Fiat, aos 20 km/l na estrada e 13 km/l na cidade com gasolina. No total, o Mille Fire pesava cerca de 800 kg. Outra melhoria foi a redução de vibrações e ruídos vindos do motor para a cabine, pela concepção mais moderna do Fire.
Para o ano/modelo 2002, o Mille foi reestilizado, recebendo o mesmo visual que ele foi vendido até o fim de 2013, até que em 2014 começou a obrigatoriedade do ABS e airbag de série e a Fiat optou por não colocar os itens no seu popular, encerrando assim a carreira do antigo Uno.
Fotos: divulgação
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