A Volkswagen irá renovar toda sua linha de produtos no Brasil, começando com o lançamento do Polo nacional. Durante a apresentação da nova geração do hatch, o Presidente da marca no país, David Powels, disse que 20 novidades chegarão ao nosso mercado até 2020. Esse número é dividido entre carros inéditos, reestilizações e versões. Confira quais já sabemos que virão e nossas apostas para os demais.
Como disse Powels, essa lista de 20 lançamentos começa com o Polo. Será posicionado como um compacto premium, entre Fox e Golf, com preços entre R$ 49.990 e R$ 69.190, com três opções de motorização: 1.0, 1.6 e 1.0 turbo. É o primeiro a dar origem a uma família de veículos que usam a mesma plataforma, a MQB-A0.
O próximo modelo a utilizar a MQB-A0 será um sedã, derivado do Polo, já batizado como Virtus. Parte do segredo já foi revelado com imagens que vazaram na internet. Foi confirmado pela Volkswagen para o 1º semestre de 2018 e irá rivalizar com Chevrolet Cobalt e Honda City. Embora compartilhe diversos componentes com o Polo, sabemos que terá entreeixos 5 cm mais longo e descartará o motor 1.0 aspirado de 84 cv, começando a linha pelo 1.6 MSI. Deve partir de R$ 60 mil, com a mesma lista de equipamentos que o hatch.
A Volkswagen sabe que está atrasada no segmento, mas finalmente terá um concorrente entre os crossovers compactos. Seu competidor será o T-Cross, o terceiro produto a usar a plataforma MQB-A0. Ainda não foi revelado em sua versão final, porém deve herdar muito do design visto no conceito que foi apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo, em 2016 – como aconteceu com o T-Roc. E também manterá este nome. Terá como concorrentes diretos modelos como Honda HR-V, Hyundai Creta, Jeep Renegade e Nissan Kicks e a expectativa é de que os preços comecem na casa dos R$ 70 mil. A previsão é que seja apresentado somente no segundo semestre de 2018.
A Volkswagen não quer deixar a Fiat e Renault dominarem o novo território aberto pela Toro e Duster Oroch. Sem meias palavras, a marca alemã confirmou que desenvolve um novo modelo para ficar entre Saveiro e Amarok. Será o quarto e último veículo com a base MQB-A0 e ainda há discussão se será fabricado aqui ou na Argentina.
Ficaremos sem a versão normal do crossover Tiguan. A aposta da Volkswagen é posicioná-lo mais acima, perto do Hyundai Santa Fe, importado somente na configuração Allspace de sete lugares. Chega no 1º semestre de 2018. É equipado com o 2.0 TSI de 220 cv e câmbio DSG de 6 marchas, mesmo conjunto do Golf GTI.
Como dissemos, a Volkswagen conta versões, e por este motivo, a família do Golf conta como três itens da lista. Trata-se da reestilização, flagrada diversas vezes em testes pelo Brasil e que acabou adiada para 2018. Tem mudanças discretas no para-choque e faróis, ganhou mais equipamentos como uma central multimídia mais robusta e painel de instrumentos totalmente digital. Ao contrário do modelo europeu, que ganhou o novo motor 1.5 TSI, aqui seguirá com o 1.4 TSI de 150 cv feito em São Carlos (SP). O mesmo vale para a perua Golf Variant. Já o esportivo Golf GTI virá da Alemanha, levemente mais potente, pois a potência do 2.0 subiu para 230 cv.
Outra promessa até agora não cumprida, a picape média Amarok receberá o novo motor 3.0 V6 turbodiesel, que substitui o 2.0 turbodiesel na Europa por conta do dieselgate. Adiantada no Salão do Automóvel de São Paulo de 2016, essa variante será oferecida como a opção topo de linha da picape, mantendo o 2.0 como a motorização intermediária.
Conforme adiantamos, a Volkswagen planeja trabalhar com cinco SUVs no Brasil. Um deles será um modelo médio, posicionado entre o T-Cross e o Tiguan Allspace, segmento em que irá brigar diretamente com Jeep Compass. Embora a marca diga que estuda possibilidades, sabemos que o T-Roc, crossover do Golf, foi descartado e que há grandes chances de utilizarem o chamado Projeto Tharu, uma versão VW do Skoda Karoq, modelo menor que o Tiguan europeu.
A terceira geração do Touareg enfim será apresentada em 2018, usando a mesma base MLB do Audi Q7 e Porsche Cayenne. Com a chegada do Tiguan Allspace, ganha espaço para crescer em tamanho e luxo. Como o crossover já fez nome por aqui, sua vinda não é descartada, como uma opção mais barata ao Q7, como acontece entre Audi A4 e VW Passat.
Criado especialmente para o público norte-americano, o grandalhão Atlas pode vir ao Brasil. A marca ainda estuda se a conta fecha. Apesar de ser maior do que o futuro Touareg (o maior com a base MQB do Golf), é um modelo mais barato e menos equipado. Usa o 2.0 turbo de 238 cv, 3.6 V6 de 280 cv e, na China, o 2.5 V6 turbo de 303 cv.
O trio que compartilha plataforma terá que mudar. O projeto inicial do Polo era para que fosse a nova geração do Gol no Brasil, porém ficou muito caro e a VW adotou a estratégia atual. O mais provável, por causa dos custos, é que adote a plataforma PQ12 do up!, esticada para que possa ter o espaço do modelo atual. Ajudaria a manter os preços baixos, já que o plano é mantê-lo como o carro de entrada. O Voyage seguirá a mesma tendência, ainda mais agora que precisará descer um pouco na tabela para dar espaço ao Virtus. A Saveiro deve perder versões, mas seguirá na linha para brigar com a Fiat Strada.
Outro que precisa trocar de geração é o Jetta. Felizmente, está confirmado para chegar ao Brasil no ano que vem. A expectativa é que seja apresentado em novembro, durante o Salão de Los Angeles, visto que o sedã médio é um carro popular nos EUA. Será montado com a plataforma MQB do Golf e, pelo menos no resto do mundo, usará o novo 1.5 TSI e o 2.0 TSI no modelo topo de linha. Será feito no México e deve ser equipado com uma transmissão automática de 8 marchas.
Criado como o substituto do Passat CC, o Arteon é um dos ícones do design atual da Volkswagen, tanto que o futuro Jetta adota uma cara bem parecida. Com a mudança de regime automotivo no Brasil, que derrubará barreiras que atrapalham a vinda de importados, o Arteon passa a ter chances de ser vendido por aqui, da mesma forma que o CC. Tem seis opções de motores, começando pelo 1.5 TSI de 150 cv, passando pelo 2.0 TSI, nas versões de 190 cv e 280 cv e variantes a diesel.
Há tempos que a Volkswagen testa o híbrido Golf GTE no Brasil, mas nunca fecharam a conta para vendê-lo – tanto que a unidade de teste agora circula dentro da sede em São Bernardo do Campo (SP) para uso interno. O regime automotivo Rota 2030 não sinaliza condições melhores para os híbridos e elétricos, porém dará nova vida aos importados, abrindo a porta para que finalmente lancem essa versão no país.
Falamos de 18 modelos dos 20 prometidos pela Volkswagen. Os últimos dois ainda são um mistério e possibilidades não faltam. Pode ser uma edição especial, como a Amarok Adventure Extreme, mostrada no Salão de Frankfurt; a volta de um importado como o Beetle/Fusca; ou mais uma versão inédita, como Up! GTI ou Polo GTI. Qual é a sua aposta para a lista de lançamentos da Volkswagen? Nos conte nos comentários abaixo.
Fotos: Divulgação e Motor1.com
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