Com cerca de 20 mil unidades vendidas até agosto deste ano, a Honda CB 250F Twister se apresenta na linha 2019 com novidades: novas cores e grafismos, luzes em leds nos sinalizadores de direção, informações de consumo médio e instantâneo no painel, freios combinados na versão de entrada e preço reduzido em 3,5% na versão com ABS.
A atual Twister foi lançada em 2015 com as características de uma naked de maior cilindrada, desde seu leve e robusto chassi (do tipo diamond com barras periféricas e treliças) até o motor construído objetivando performance e durabilidade com redução de atritos e vibrações. As dimensões são compactas e a suspensão foi projetada visando firmeza, enquanto as rodas vieram calçadas com pneus de pedigree. Para avaliar a nova linha 2019 estivemos em Campinas, interior de São Paulo, onde percorremos cerca de 50 km, alternando entre cidade, estrada, terra e finalizando num pequeno circuito formado com cones.
Inicialmente rodamos no modelo de entrada com freios CBS (Combined Brake System), que combina a frenagem traseira com uma suave dianteira. Funciona assim: sempre que acionamos o pedal do freio traseiro, um dos três pistões do freio da frente também é acionado, de modo a equilibrar melhor a frenagem - e corrigir o mau hábito de alguns motociclistas (principalmente iniciantes) de só usar o freio traseiro.
De cara "apanhei" para zerar no painel a informação do consumo médio. Para tal, é preciso zerar os odômetros parciais, sejam A ou B, para então zerar o consumo. Resolvida a dúvida, iniciei no modo de consumo instantâneo. A posição de pilotagem é boa, com o tronco ereto, braços flexionados e pés ligeiramente para trás, confortável. Os comandos, tanto nos punhos quanto nas manetes, são de fácil acionamento, e os engates do câmbio, macios e precisos.
No trecho urbano aproveitei para dar umas saídas rápidas, frear praticamente somente a traseira (para testar o CBS) e passar por todos os buracos e lombadas que encontrei. Fui bem correspondido nos dois primeiros obstáculos, mas, para mim, a suspensão é um tanto dura - talvez por ser calibrada para um piloto de maior peso (tenho 65 kg). Durante o trajeto, observei que o consumo instantâneo ficava em torno de 36 km/l, e ao dar os "tirinhos" caía para 22 km/l.
Ao entrarmos na estrada, passei a esticar as marchas entre 7.000 e 8.000 rpm, e daí reparei que é a partir daí que começa a vibração do motor 250 cc da Honda - até 6.000 rpm ele é liso. Rapidamente chego à velocidade limite da estrada e constato que os 136 km/h indicados pelo Instituto Mauá como velocidade máxima da Twister chegaria facilmente. Firme, a Twister é estável e transmite confiança nessas condições.
Passamos em seguida por um trecho de terra batida, sem dificuldades, onde aproveitei novamente para usar só o freio traseiro e a baixas velocidades. Em torno de 30 e 40 km/h, freando progressivamente, a moto para em segurança, sem escorregar. Retornamos ao asfalto e chegamos a uma área onde a Honda preparou um circuito com cones, onde realizamos, agora alternando os modelos, frenagens, slalons e "garagem" com extrema facilidade, pois a Twister é leve e muito ágil nas manobras.
De volta para Campinas pilotei a Twister laranja, com ABS. Desta vez reiniciei o consumo médio e andei na sexta marcha o máximo que pude (um diferencial importante em relação à rival Yamaha Fazer 250, que só tem 5 marchas). O conjunto aceita muito bem a tocada suave, sem engasgos. A moto retoma a velocidade com fôlego e ainda consegui marcas em torno de 41 km/l. Para completar, forcei-a em todas as curvas possíveis, obtendo um comportamento estável e previsível. É, em resumo, uma pequena grande moto.
A Twister CBS chega disponível nas cores vermelha, branca e prata metálica, ao preço público sugerido (com base em São Paulo) de R$ 13.990 - não houve alteração em relação a anterior sem freios combinados. Já a versão com ABS teve uma redução de R$ 540 e está sendo comercializada a R$ 14.990, nas cores laranja e vermelha. Ou seja, apesar da estreia do CBS, a redução promovida no modelo com ABS indica que a melhor compra está na versão mais cara. Mesmo que o CBS aumente a segurança, vale pagar R$ 1 mil extra para ter logo os freios antitravamento, que fazem a diferença em frenagens de emergência e, principalmente, em pisos escorregadios.
Por Eduardo Silveira, de Campinas (SP)
MOTOR | monocilíndrico, 4 tempos, 4 válvulas, 249,5 cc, flex |
POTÊNCIA/TORQUE | 22,4 cv a 7.500 rpm (gasolina)/ 22,6 cv a 7.500 rpm (etanol);/ 2,24 kgfm a 6.000 rpm (gasolina) /2,28 kgfm a 6.000 rpm (etanol) |
TRANSMISSÃO | 6 marchas; transmissão por corrente |
SUSPENSÃO | Bengalas convencionais na dianteira (130 mm de curso) e amortecedor único na traseira (108 mm de curso) |
RODAS E PNEUS | Aro 17" na dianteira com pneu 110/70 R17 e aro 17" na traseira com pneu 140/70 R17 |
FREIOS | Disco de 270 mm na dianteira e disco de 220 mm na traseira, com CBS |
PESO | 135 kg (137 kg com ABS) |
DIMENSÕES E CAPACIDADES | Comprimento 2.065 mm, largura 753 mm, altura 1.072 mm, altura do assento 784 mm, entre-eixos 1.386 mm; tanque 16,5 litros |
QUADRO | De aço, tipo Diamond |
PREÇO | R$ 13.990 (CBS); R$ 14.990 (ABS) |
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