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VW reduz testes de rua e usa protótipos digitais para economizar dinheiro

Nova estratégia reduzirá tempo de desenvolvimento de novos modelos para no máximo 3 anos

VW Nivus Highline 2025
Foto de: Volkswagen

Em entrevista concedida recentemente à agência de notícias Automotive News Europe, o chefe de projetos técnicos da Volkswagen, Kai Grünitz, deu detalhes importantes sobre a nova estratégia de desenvolvimento de veículos da empresa. Pensada para economizar dinheiro e paralelamente ganhar tempo, a nova diretriz consiste em ampliar o uso de instrumentos de desenvolvimento digitais para reduzir a quantidade de testes de rua com protótipos físicos.

Segundo Grünitz, o objetivo é concluir o projeto de um novo modelo com plataforma já existente em no máximo 30 ou 36 meses, contra o prazo de até 50 meses gastos até então. No modus operandi anterior, segundo o executivo, o veículo chegava ao mercado tardiamente e já carente de atualizações diante do avanço da concorrência.

VW T-Cross Highline 250TSI 2025

A redução desse tempo, em grande parte, é facilitada pelo número bem menor de testes em ambientes reais. Não por acaso, a longo de todo o ano 2024 a Volkswagen construiu 40% menos protótipos do que em anos anteriores. Agora, a maior parte dos testes é concentrada em ambientes internos através do uso de softwares e simulações virtuais.

"Agora podemos executar toda a cadeia de desenvolvimento com um protótipo digital, encurtando o processo de desenvolvimento do produto e reduzindo custos sem sacrificar a profundidade dos testes", explica Grünitz, que garante manter os mesmos padrões de segurança e qualidade aferidos nos testes de rua.

Volkswagen Golf GTI 2024

Em grave crise financeira, a Volkswagen está implementando um rigoroso programa de corte de gastos e espera economizar consideravelmente com essa nova estratégia de desenvolvimento. Segundo estimativas, reduzir testes de rua e apostar em protótipos digitais ajudará a empresa a poupar mais de 1 bilhão de euros até 2028. Ainda assim, parece não ser o suficiente para evitar demissões e o fechamento de fábricas na Europa, como já adiantado pela própria diretoria.

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