Novo Equinox não é o 1º SUV família da Chevrolet; veja a história
Desde o Blazer até a nova geração do Equinox, destrinchamos um pouco da história dos utilitários esportivos modernos da marca
A chegada do novo Equinox ao mercado brasileiro marca a segunda geração do SUV médio familiar da Chevrolet por aqui. O modelo já tem história nos EUA bem antes de chegar aqui e segue uma filosofia de utilitários esportivos familiares na era moderna da marca. Mas nem de longe é o primeiro. Essa jornada começa desde a década de 1990.
Naqueles anos, a Chevrolet criou praticamente uma tradição ao ter um SUV que trouxesse mais luxos e fosse menos pensado como um utilitário para trabalho. É assim desde o Blazer Executive, que, na prática, foi um dos primeiros SUVs médios de luxo nacionais, enquanto concorrentes de outras marcas ainda mantinham suas peruas médias e refinadas.
Chevrolet Blazer Executive
As coisas permaneceram assim até por volta de 2008, quando o Blazer, já envelhecido e vista frequente nas corporações policiais do país, perdeu seu espaço como utilitário luxuoso e famíliar para o Toyota SW4 e as versões Full e Sport do Mitsubishi Pajero.
Como na época a marca não tinha planos (nem dinheiro) para renovar seu portfólio, a solução para um substituto indireto como SUV mais luxuoso na linha Chevrolet brasileira veio do México: Era o Captiva Sport, a versão menor do modelo que também era vendido pelas subsidiárias Opel e Vauxall (como Antara), além das marcas Holden (na Austrália), Saturn (como Vue, nos EUA, focado em frotas de aluguel) e Daewoo (como Winstorm MaXX). Realmente um carro global.
Chevrolet Captiva Sport
E o SUV teve grande importância para a marca no Brasil, já que o último lançamento da Chevrolet, o Vectra C made in Brazil emprestava o visual do Opel Astra, sendo um modelo bem mais simplificado do que a geração que substituiu, incluindo reutilização de componentes até da antiga Zafira. A chegada dos renovados Civic em 2006 (chamado de ''New'' até os dias de hoje, tamanha sua evolução na época) e do Corolla em 2009 também não ajudaram.
Apesar de não ser um sucesso absoluto, o Captiva reafirmou a boa imagem dos modelos Opel que a Chevrolet do Brasil tinha em outros tempos e vendeu 61,4 mil unidades durante sua passagem pelo país, durante os anos de 2008 a 2017.
Em seu lugar, chegou a terceira geração do Equinox, importada do México, assim como o Captiva, mas agora baseado na base D2XX, a mesma do Cruze de segunda geração. Dessa vez, o SUV era um projeto original da Chevrolet dos EUA com toques da Daewoo, tal qual o sedã e o hatchback do qual derivam. Vale lembrar que o grupo GM vendeu a Opel (e a Vauxhall) para a então PSA Peugeot Citroën, em 2017, sendo assim, não haviam mais projetos novos da divisão europeia em carros novos da marca estadunidense.
Chevrolet Equinox já teve motor de Camaro
Chegada com motor de Camaro ao Brasil
Em 2017, o Equinox chegou em duas versões, Premier e LT, ambas com o motor 2.0 Turbo e 262 cv e câmbio automático de 9 marchas, basicamente o mesmo conjunto mecânico do Camaro na época. O SUV se destacava pelo seu motor e potência, que só tinha o Volkswagen Tiguan R-Line 2.0 TSI como rival próximo, com cerca de 220 cv.
O modelo tinha interior próximo ao encontrado no Cruze, mas ainda mantendo espaço para 5 passageiros. Para quem precisava de 7 lugares, a Chevrolet oferecia - e ainda oferece - o Trailblazer, agora derivado da 2ª geração do S10, desde 2012. A Spin seguia como uma opção no segmento de minivans e focando no custo-benefício.
Chevrolet Equinox Activ 2025
Chevrolet Equinox EV 2024
Na sua segunda fase, a partir de 2021, o SUV recebeu nova frente, ganhou opção do motor 1.5 turbo que rende seus 172 cv e trabalha com transmissão de 6 marchas. Continuava a versão Premier e chegava a esportivada RS, presente também em outros Chevrolet da atual linha da marca, como Onix, Tracker e até a nova geração da picape Montana. Desde 2017, o SUV acumula 24.502 unidades emplacadas. E agora abre espaço para a nova geração, também vinda do México, junto à versão EV.
A nova geração do SUV, a quarta global, irá chegar ao país em duas carrocerias diferentes: a do modelo a combustão, baseado na base GM VSS-S (uma evolução da atual D2XX) com o mesmo motor 1.5 turbo da versão atual e a elétrica, baseada na Ultium, assim como o novo Blazer EV.
Chevrolet Equinox de 1ª geração, vendido entre 2004 e 2009
Lá fora, Equinox já teve duas gerações
A história do SUV é bem mais longa do que conhecemos por aqui, tendo começado em 2004, o SUV estreou nos EUA com porte maior e mais urbano que o Blazer vendido por lá. Ainda sim, trazia motores 3.4 e 3.6 V6, além da mesma base Theta que seria utilizado anos depois pelo Opel Antara/Saturn Vue. Era produzido exclusivamente na fábrica pertencente ao joint-venture GM/Suzuki em Ontário, no Canadá, durando até 2009.
Chevrolet Equinox de 2ª geração
Sua segunda geração, que tinha design baseado nos Chevrolet da época, como o sedã Malibu, chegou às lojas em julho de 2009. Usava a mesma base Theta da geração anterior, mas estava disponível agora com motores 2.4 de quatro cilindros e os 3.0 e 3.6 V6. A oferta de um motor menor e mais eficiente era um dos resquícios dos tempos sombrios da crise americana de 2008, quando o mercado (e a Chevrolet) tiveram que se adaptar à alta do combustível com carros menores e mais econômicos.
Sua segunda geração foi vendida até 2017, quando a então terceira foi apresentada agora com planos globais. Apesar de mais nova, a 3ª interação é significativamente menor que as anteriores, tendo 2,72 m de entre-eixos (enquanto a primeira e a segunda tinham 2,85 m), enquanto no comprimento a diferença era ainda maior, com a nova geração trazendo 4,65 m, enquanto a primeira era cerca de 14 cm menor, com 4,79 m, e 9 cm menor que a segunda, com 4,70m. Agora na quarta geração, o Equinox tem 2,73 m de entre-eixos.
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