Electric Days: Ford manterá V8 vivo sem esquecer da eletrificação

Marca americana quer manter o máximo de opções possíveis, desde motores aspirados até elétricos, mantendo sua meta de descarbonização para 2035

Foto de: Motor1

Thomas Tironi

Por: Thomas Tironi

13 Novembro em 13:08

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Durante painel no Electric Days, realizado na Bienal do Ibirapuera, em São Paulo, André Oliveira, Diretor de Engenharia da Ford para a América do Sul destacou algumas das metas da montadora americana para o futuro, apontando para um equilíbrio entre a oferta de motores a combustão, mantendo os motores V6 e V8 presentes em modelos icônicos da marca como a linha Raptor e o Mustang(enquanto houver demanda e disponibilidade), hibridização (com a picape Maverick), e a eletrificação, já presente hoje no Brasil no E-Transit, a primeira van do segmento a oferecer um sistema de propulsão do gênero.

André ainda deu mais detalhes sobre o processo de engenharia da Ford em seu Centro de Desenvolvimento, na Bahia, que emprega mais de 1500 engenheiros, sendo 25% mulheres, além de 500 pesquisadores terceiros. Hoje, o time brasileiro é responsável pela criação e pelo aprimoramento de um terço das funcionalidades embarcadas nos veículos Ford ao redor do mundo, a exemplo do “One Pedal Drive” do Mustang Mach-E – que permite dirigir usando apenas o acelerador, sem acionar o pedal do freio – e da “Zone Lighting”, que controla as luzes externas da F-150, inclusive da Lightning, sua versão elétrica.

Ford Mustang Mach-E, Maverick Hybrid e e-Transit

Algumas tecnologias também foram criadas aqui, como app criado inicialmente para o Ford Transit, com foco nas demandas e queixas de consumidores e frotistas, e que foi tão bem recebido que foi levado para o hub global da marca, virando o FordPass.

O Centro de Desenvolvimento e Tecnologia da Ford Brasil, um dos 9 que a marca tem no mundo, tem tradição de mais de 20 anos. Sua estrutura inclui a sede em Camaçari, o hub de ideação em Salvador, na Bahia; o Centro de Desenvolvimento e Testes em Tatuí, no estado de São Paulo; e uma estrutura em Pacheco, na Argentina, que tem como foco trabalhar na qualidade da picape Ranger.

Foto de: Ford

Ford F-150 Lariat 2025

Hoje, o Centro de Desenvolvimento da Ford Brasil atua em todas as áreas de desenvolvimento, desde software, componentes e ecossistema de eletrificação, conectividade veicular, engenharia veicular, além de validação e testes do portfólio para mercado local e global. A sede em Camaçari tem uma área total de 6 mil metros quadrados, distribuída em seis prédios que abrigam o estúdio de design, laboratórios de realidade virtual e de Teardown – que realiza a desmontagem e análise de componentes –, escritórios e o D-Ford, nova área que funciona como uma startup com foco em inovação, realizando pesquisas para antecipar as necessidades dos consumidores anos antes de os veículos chegarem às ruas.

Oliveira ainda destacou as ações ESG da montadora de valorização de empregos e parcerias com faculdades em regiões próximas aos escritórios e de toda a estrutura do Centro de Desenvolvimento da marca no Brasil e na Argentina, tendo campanhas afirmativas para geração de empregos principalmente focados em tecnologia e engenharia, fazendo assim parte da estratégia da marca de ajudar o ambiente ao redor das fábricas em que ela está inserida.

Foto de: Ford

Ford Ranger Black 2025

Já sobre as metas de descarbonização da marca, o objetivo é conectividade total, através de um ecossistema entre os veículos, integrando dados e sistemas, seja de motoristas ou da própria cidade, para antever possíveis problemas, congestionamentos ou acidentes. Além disso, as metas de emissões dentro desse ecossistema também preveem manter a meta de carbono zero para 2035.

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