Abrindo as palestras na segunda edição brasileira do Electric Days, maior evento da América Latina sobre eletrificação e ESG, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leita destacou como o etanol pode ajudar o Brasil a reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera em 400 milhões de toneladas até 2040.
De acordo com o executivo, o Brasil está em posição privilegiada na questão da transição energética: "quando investimos no etanol, anos atrás, o alvo era reduzir a pressão inflacionária por conta da Crise do Petróleo. Hoje, é uma solução milagrosa". Leite explicou que, sem o biocombustível, a Europa precisou "se curvar a um processo drástico de descarbonização", com adoção acelerada de veículos elétricos.
Volkswagen Nivus - Desenvolvimento de etanol
Outro ponto que o presidente da Anfavea tocou é que não existe uma solução única para a descarbonização. "O carro elétrico não precisa empurrar o etanol para fora", afirmou. "O inimigo em comum é o CO2, as tecnologias precisam ser somadas", completou.
De acordo com Márcio de Lima Leite, a Anfavea entregou ao governo um estudo em conjunto com a Boston Consulting Group mostrando como esse objetivo de redução de emissões pode ser atingido envolvendo o próprio governo e a iniciativa privada. Segundo a associação, a combinação de esforços de intensificação das novas tecnologias de propulsão com maior uso de biocombustíveis pode gerar uma redução de 280 milhões de toneladas de CO2 nos próximos 15 anos.
Na visão da Anfavea, mais medidas devem ser tomadas para atingir o número de redução de 400 milhões de toneladas de CO2 até 2025. As 4 principais são programas de incentivo à renovação de frota, adoção abrangente da inspeção técnica veicular no Brasil, aumento do poder calorífico dos biocombustíveis e adoção de programas de reciclagem veicular.
Inspeção veicular
Para Lima Leite, "é uma irresponsabilidade social falar de eletrificação e renovação de frota sem inspeção técnica. O executivo reforçou que, considerando a idade média da frota circulante, um veículo pesado usado emite 27 vezes mais CO2 que um 0km. Para veículos de passeio, esse número é 23 vezes maior.
Para as próximas décadas, considerando os estudos e medidas citadas acima, a Anfavea prevê que o mercado brasileiro de carros 0km pode ser composto por até 91% de participação de veículos elétricos ou eletrificados até 2040. Para os veículos pesados, esse número pode chegar a 59%.
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