Em cerimonia realizada recentemente, o governo federal confirmou que destinará cerca de R$ 1,6 trilhão para investimentos em projetos de infraestrutura, saneamento básico, moradia e mobilidade em todo o país. O montante será aplicado até 2033 e terá reflexos importantes dentro do mercado nacional de veículos elétricos, especialmente no que diz respeito à produção de baterias e outros componentes.
Os investimentos, que também contarão com fatia importante do setor privado, são parte das diretrizes do programa Nova Indústria Brasil (NIB) anunciado ainda em janeiro. A política tem como objetivo promover ações de reindustrialização para nortear as ações do governo brasileiro em favor do desenvolvimento do setor produtivo, bem como promover projetos que impulsionem cidades sustentáveis e mobilidade verde.
Os trabalhos foram elaborados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), que estabeleceu prazos e metas para diversas áreas. No caso do setor de veículos elétricos, o CNDI definiu que, até 2026, pelo menos 3% dos veículos eletrificados em circulação no Brasil sejam equipados com baterias produzidas nacionalmente. O percentual será ampliado gradativamente e, para 2033, a meta é alcançar 33%.
A WEG - empresa catarinense especializada na fabricação e comercialização de motores elétricos, transformadores e geradores - participou do evento e confirmou que investirá R$ 1,8 bilhão para produzir baterias para veículos elétricos em larga escala no Brasil. O anúncio ocorreu em cerimônia no Palácio do Planalto com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin, que também acumula o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Dentro da estratégia para o Brasil, a WEG visa aproveitar as reservas nacionais de lítio e outros minerais usados na produção de baterias para consolidar uma cadeia de valor nacional no setor. Hoje, a maior parte dos recursos minerais brasileiros ainda é exportada. A empresa também disse que contará apoio do MDIC para fortalecer o mercado interno e tornar a produção de baterias mais sustentável.
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