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Híbridos da Stellantis chegam em novembro; veja o que sabemos

Modelos de estreia são o Pulse e o Fastback micro-híbridos de 12 volts

Stellantis apresenta tecnologia Bio-Hybrid ao presidente da República (1)
Foto de: Stellantis

A Stellantis anunciou para o mês que vem seu primeiro modelo com tecnologia Bio-Hybrid, ou seja: que combina eletrificação com motor flex. O comunicado foi feito em Brasília, nesta terça (8/10), durante o evento Liderança Verde Brasil Expo, promovido pelo Ministério de Minas e Energia e com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. 

No evento, a Stellantis exibiu quatro maquetes de tecnologias híbridas em diferentes níveis que serão gradualmente lançadas no Brasil a partir deste ano: são a Bio-Hybrid (híbrido-leve); Bio-Hybrid e-DCT com transmissões eletrificadas de dupla embreagem (híbrido convencional) e Bio-Hybrid Plug-In (PHEV). A marca também já confirmou que produzirá um carro 100% elétrico (BEV) no país.

Plataforma Bio-Hybrid e-DCT2
Foto de: Stellantis

Plataforma Bio-Hybrid e-DCT2

Em maio passado, a Stellantis anunciou um investimento de R$ 32 bilhões no Brasil e na América do Sul, o maior da história na indústria automotiva da região. Um dos objetivos deste aporte é desenvolver a tecnologia Bio-Hybrid, que já entrou em produção em Betim (MG), onde também vem sendo feito o desenvolvimento técnico desses híbridos flex. O grupo planeja ter 20% de sua gama composta por modelos eletrificados até 2030, cobrindo as marcas Fiat, Jeep, Citroën, Peugeot e Ram.

O primeiro powertrain, considerado o mais acessível da linha, será do tipo BSG (Belt Starter Generator), ou seja, um híbrido-leve (MHEV). Um pequeno gerador elétrico - que também serve como alternador - carrega uma pequena bateria auxiliar de menos de 1 kWh. Esta pode ser de 12 volts ou 48 volts. O BSG dá uma ajudinha em baixas rotações e também permite ao carro manter velocidade de cruzeiro em reta plana ou banguela, situações em que o motor a combustão é desligado automaticamente. A economia de combustível varia de 10% a 20%.

Plataforma Bio-Hybrid - o sistema mais simples e barato
Foto de: Stellantis

Plataforma Bio-Hybrid - o sistema mais simples e barato

Os outros dois conjuntos serão um híbrido convencional (HEV) e um híbrido do tipo plug-in (PHEV). No HEV, sistema usado no Toyota Corolla Hybrid, por exemplo, o motor flex convencional trabalha associado com um ou mais motores elétricos, além de baterias. Já o PHEV pode ter sua bateria recarregada na tomada para ampliar autonomia e proporcionar modo de condução puramente elétrico. A Stellantis já oferece o sistema no Brasil, no Jeep Compass 4xe.

“Para a Stellantis, é essencial acelerar o desenvolvimento local de novas tecnologias que combinem eletrificação com motores flex. Incentivamos, ainda, o uso de biocombustíveis como o etanol, que representa uma alternativa competitiva e eficiente para que o país avance com a descarbonização. Esta iniciativa está alinhada à ambição global da Stellantis de zerar as emissões de carbono até 2038, e com nosso objetivo de liderar a mobilidade limpa, segura e acessível na região”, disse o presidente da Stellantis para América do Sul, Emanuele Cappellano.

Fiat Fastback Impetus T200 será híbrido leve
Foto de: Stellantis

Fiat Fastback Impetus T200 será híbrido leve

Estreia com Pulse e Fastback

Os primeiros híbridos nacionais da Stellantis deverão ser os híbridos leves de 12 volts. Segundo o “segredeiro” Marlos Ney Vidal, do site Autos Segredos, os primeiros modelos de Betim com essa tecnologia serão o Pulse e o Fastback, nas versões Audace e Impetus, sempre com motor Turbo Flex 200 e câmbio CVT.

Apesar da ajudinha extra do gerador atrelado à correia, não deverá haver aumento de potência máxima (125 cv com gasolina e 130 cv com álcool), mas apenas no torque em baixa. Depois será a vez de os modelos feitos em Goiana (PE) com motor Turbo Flex 270 e câmbio automático serem convertidos em híbridos leves, mas com sistema de 48 volts. 

Galeria: Stellantis anuncia híbridos para novembro

A ideia principal é sempre reduzir emissões, para atender ao programa Proconve L8, que entrará em vigor em três etapas, ao longo de 2025, 2027 e 2029. As metas serão avaliadas com base na média de todos os veículos flex (automóveis ou comerciais leves) vendidos por uma mesma marca, e não mais por cada modelo isoladamente.

É para se enquadrar no Proconve L8 que fabricantes como a Toyota e a Volkswagen também estão desenvolvendo mais versões híbridas para seus modelos produzidos no Brasil.

Durante a exposição em Brasília, foi realizada ainda a cerimônia de sanção da Lei Combustível do Futuro, que estabelece programas nacionais de diesel verde, de combustível sustentável para aviação e de biometano, além de aumentar a mistura de etanol e de biodiesel à gasolina e ao diesel, respectivamente.

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