Até agosto, foram licenciados 279,6 mil veículos importados, um crescimento de 35% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Anfavea, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. A China se destaca como principal origem, com um aumento de 339% nas vendas na comparação entre janeiro e agosto de 2024 (72,5 mil) e o mesmo período de 2023.
No entanto, o que mais preocupa a Anfavea é o elevado estoque de 81,7 mil veículos chineses, principalmente elétricos, que não estão sendo contabilizados nas estatísticas oficiais das montadoras. Tais unidades estão no país, mas ainda não foram comercializadas oficialmente. Entre as associadas da Anfavea, o número de unidades em estoque é de 268,9 mil, o equivalente a 34 dias de vendas.
O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, expressou preocupação com os possíveis impactos desse excesso de oferta no mercado, como a intensificação da concorrência e a distorção dos preços. A entidade atribui parte desse aumento às estratégias das marcas chinesas de antecipar as importações para aproveitar as alíquotas menores do Imposto de Importação antes dos reajustes previstos para os próximos anos.
O executivo da Anfavea estimou que os importados responderão por cerca de 500 mil unidades em 2024: “É quase a metade do volume vendido na América Latina, por ano, de importados dentro do mercado brasileiro. É mais do que o mercado argentino”.
A Anfavea defendeu a recomposição imediata da alíquota de 35% para veículos importados, argumentando que a política atual prejudica a competitividade da indústria nacional. O governo, por sua vez, ainda não se posicionou oficialmente sobre o assunto.
Navio da BYD desembarca King e Song Pro em Suape
Antes de janeiro de 2024 veículos importados, desde que híbridos ou elétricos, não pagavam tarifas de importação. A partir do começo deste ano, a alíquota foi para 12% para híbridos (convencionais HEV e plugin PHEV) e 10% para elétricos a bateria. Desde então, houve mais um ajuste, com a alíquota para híbridos HEV subindo para 25% em julho, indo a 20% para os PHEV e 18% para os elétricos.
O próximo aumento dos impostos de importação está previsto para julho de 2025, quando os veículos HEV passarão a pagar 30% de alíquota, PHEVs passarão a 20% e os elétricos irão a 25%. O último aumento previsto é o de 35% que a Anfavea pede o adiantamento. A alíquota mais elevada valerá para todos os tipo de importados eletrificados a partir de julho de 2026.
Fonte: Automotive Business, AudoIndústria
RECOMENDADO PARA VOCÊ
Geely e BYD entram no Top 10 global de montadoras; Suzuki fica de fora
Reino Unido: Kia Sportage cada vez mais próximo da liderança anual
À espera do Toyota Yaris Cross, Sedan deixará de ser produzido em novembro
Fiat Mobi alcança 600 mil unidades produzidas em quase 9 anos de mercado
Electric Days: brasileiro prefere elétrico e híbrido plug-in, diz ABVE
VW revela novo Tiguan 2025 nos EUA e adianta SUV que pode vir ao Brasil
Honda HR-V sobe de preço e passa de R$ 200.000; veja tabela