Presidente da Lamborghini explica porque o Temerario fará sucesso

Novo esportivo é um híbrido plug-in, o que pode não pegar bem com os clientes da marca, mas 920 cv podem convencê-los do contrário

Foto de: Lamborghini

Por: Francesco Barontini

Traduzido por: Thiago Moreno

22 Agosto em 12:13

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Com o Lamborghini Temerario, a marca inaugura uma nova linha de supercarros, pelo menos para a empresa e sua tradição. O herdeiro do Huracan, de fato, abandona o histórico V10 dos modelos de entrada da montadora, usado desde a estreia do Gallardo, para adotar um V8.

Isso não é totalmente novo. Não tanto pelo que é mostrado pelo Urus, que é um SUV, mas por aquele V8 que a empresa produziu entre as décadas de 1970 e 1980 para impulsionar carros como o Urraco, o Silhouette ou o Jalpa. Aqui, no Temerário, no entanto, estamos diante de algo completamente novo. Em primeiro lugar, porque há dois turbos. Depois, porque esse V8 fará parte de um sistema híbrido plug-in capaz de descarregar mais de 900 cv de potência e 74,4 de torque.

Um passo em direção ao futuro

Mas indo além dos aspectos técnicos, agora que o carro foi oficialmente apresentado, é de se perguntar: qual será o potencial comercial do modelo? E também: a quem ele atrairá e que volumes ele será capaz de atingir?

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Perguntamos diretamente a Stephan Winkelmann. Aqui está o que o CEO da empresa nos disse sobre o assunto. "O Temerario é, antes de mais nada, um Lamborghini por si só. Já demonstramos com o Revuelto que a mudança para um trem de força híbrido não altera a natureza de nossos carros. Pelo contrário, ela o eleva a novos padrões.

"O modelo de estreia", continuou Winkelmann, "já atinge uma potência de 920 cv. Isso não tem precedentes (o Huracan mais potente de todos os tempos parou em 640 cv). E mesmo ao mudar para a sobrealimentação, o novo V8 atinge até 10.000 rpm. Em resumo, é uma unidade de potência com turbocompressor duplo que funciona um pouco como uma unidade naturalmente aspirada. Ele tem um funcionamento e um som que honram nossa tradição automobilística.

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"Efeito pandêmico"

E tem mais. De acordo com Winkelmann, o Temerario fará números de vendas ainda maiores do que o Huracan. Principalmente por dois motivos. Como ele explica: "O carro, antes de mais nada, tem uma cabine mais espaçosa e aconchegante. Ele continua sendo um verdadeiro carro esportivo, mas é um pouco mais confortável. Isso pode agradar aos entusiastas que querem usá-lo com frequência, bem como àqueles que correm na pista. Agora, graças à maior altura dentro da cabine, até mesmo uma pessoa alta pode usar um capacete sem bater a cabeça.

O segundo motivo está mais relacionado ao momento histórico. "Depois da pandemia", disse Winkelmann, "as pessoas têm uma propensão maior a comprar produtos de luxo. A incerteza resultante do lockdown fez com que o mercado de carros esportivos crescesse tanto quanto o mercado de relógios. É por isso que tenho certeza de que o Temerario será um carro de sucesso".

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"Finalmente", conclui Winkelmann, "não acho que o trem de força eletrificado será um impedimento. O Temerario não é voltado para um público diferente do Huracan, mas para o mesmo tipo de cliente. Sabemos, de fato, que aqueles que dirigem um Huracan estão prontos para o salto para o híbrido. Eles não veem isso como um compromisso, mas como uma evolução natural que esse tipo de carro abraça para acompanhar a transição ecológica pela qual o mundo automotivo está passando".