A Ferrari revelará seu primeiro veículo elétrico até o final do próximo ano e será um grande marco para a montadora italiana. O CEO Benedetto Vigna tem sido inflexível ao afirmar que o primeiro veículo elétrico da Ferrari não perderá a sensação "única" da marca, confiante de que a empresa pode aproveitar todos os recursos da tecnologia para criar uma experiência de direção divertida e empolgante.
Não saberemos qual será a aparência do pacote final até 2025, pelo menos, com a Ferrari oferecendo poucos detalhes concretos sobre o carro. Em uma entrevista no início deste ano, Vigna brincou que o elétrico "teria quatro rodas". A montadora já está percorrendo milhares de quilômetros em protótipos fortemente camuflados antes de sua estreia, mas os detalhes específicos não se solidificarão até mais perto de sua estreia no próximo ano.
Até lá, aqui está o que sabemos sobre o primeiro carro elétrico da Ferrari.
Qual será o nome do carro?
Os registros de patente geralmente dão uma pista para possíveis nomes que uma empresa pode usar para modelos futuros, mas a Ferrari ainda não registrou nada que tenhamos encontrado. Não está claro se a Ferrari dará ao elétrico um nome próprio, como Roma ou Purosangue, se optará por uma designação alfanumérica, como o 296 GTB, ou se escolherá algo descritivo, como 12Cilindri ou LaFerrari.
Qual será a aparência do veículo?
A Ferrari buscará influência externa para o design final de seu primeiro elétrico. A montadora escolheu o ex-chefe de design da Apple, Jony Ive, e o designer industrial Marc Newson para aprimorar a aparência do carro.
No primeiro flagra, o elétrico da Ferrari estava escondido sob uma carroceria do Maserati Levante fortemente modificada, com ponteiras de escapamento falsas coladas na parte traseira. Mas só porque o protótipo é um SUV não significa necessariamente que o elétrico da Ferrari também será um. Não está claro como será a forma final nesse estágio de seu desenvolvimento, embora esperemos algumas características levemente semelhantes às de um crossover (mais baixo, mas com uma leve elevação em relação ao solo).
Fizemos o possível para renderizar o futuro Ferrari EV, mas, novamente, os detalhes ainda estão confusos.
Se a carroceria do Levante for uma indicação da forma final da Ferrari, o supercarro elétrico poderá ter balanços curtos e proporções robustas. O trem de força totalmente elétrico apresentará novos desafios para a empresa, como onde colocar a bateria, que muitos fabricantes de automóveis colocam embaixo da cabine, criando assoalhos visivelmente grossos e posições de condução altas.
Os engenheiros da Ferrari terão que repensar como fazer o carro para otimizar seu equilíbrio e dinâmica de direção. Um registro de patente de 2022 mostrou a Ferrari testando a ideia de colocar uma parte da bateria embaixo do compartimento do passageiro e a maior parte atrás da cabine, enquanto outro mostrou plataformas de quatro motores para elétricos e híbridos.
O que o alimentará?
A Ferrari não confirmou que tipo de química terá sua bateria para o elétrico, mas sabemos que a empresa não usará baterias de lítio-ferro-fosfato (LFP). A Ferrari vem recebendo componentes de bateria da SK On, uma fabricante sul-coreana de baterias para veículos, e a dupla recentemente assinou um Acordo de Entendimento Mútuo para continuar sua colaboração contínua.
Também não sabemos quantos motores elétricos ele terá ou quantos cavalos de potência ele fornecerá. Uma configuração de dois ou quatro motores é possível, dando ao modelo a capacidade de tração em todas as rodas e apresentando oportunidades exclusivas de software que poderiam aprimorar a experiência.
Patente de carro esportivo elétrico da Ferrari
Como será o som?
As estrondosas notas de escapamento de V-8 e V-12 são parte integrante da experiência da Ferrari desde o seu início, mas isso muda com os veículos elétricos. A falta de combustão interna e do hardware necessário para canalizar as explosões pela parte traseira significa que a Ferrari terá de adotar uma abordagem diferente. A montadora está trabalhando para desenvolver "assinaturas sonoras" para o veículo.
"Os carros elétricos não são silenciosos", disse Vigna no início deste ano. O som do EV da empresa permanece um mistério, mas Vigna disse que está confiante de que a Ferrari pode aproveitar a tecnologia EV "de uma maneira única" para proporcionar uma experiência de direção especial.
Quando será a estreia?
A Ferrari revelará seu elétrico antes do final de 2025, mas a empresa ainda não forneceu uma data específica. É provável que ele seja lançado no quarto trimestre do próximo ano, mas não devemos ter que esperar muito para que ele chegue às ruas.
Quando será colocado à venda?
A inédita Ferrari elétrica estará à venda em algum momento de 2026, com a montadora se preparando para iniciar a produção em escala total no início daquele ano. A montadora inaugurou sua nova fábrica de elétricos em junho em Maranello (ITA), onde construirá o primeiro veículo elétrico da marca juntamente com carros a combustão e híbridos.
Patente do Turbo Elétrico da Ferrari
Quanto custará?
Um relatório sugeriu que a Ferrari iria fixar o preço do elétrico em mais de US$ 500.000 para começar. No entanto, em uma entrevista recente, Vigna disse que o número foi "uma surpresa" para ele. A montadora não define o preço sugerido de um modelo até um mês antes do lançamento do carro, portanto, provavelmente não saberemos quanto ele custará até o início de 2026.
Provavelmente custará muito mais do que o Portofino M, que começa em cerca de US$ 250.000, mas poderá custar menos do que o SF90 Stradale que está sendo lançado. Ele custa a partir de mais de US$ 520.000, mas o SF90 é um dos vários modelos que estão chegando ao fim de seu ciclo de vida, portanto, não está claro onde o novo elétrico se situará na linha em evolução da marca.
A Ferrari está se tornando totalmente elétrica?
Não, a Ferrari não vai se tornar totalmente elétrica tão cedo. A montadora continuará a oferecer veículos a combustão, híbridos e trens de força elétricos com base na demanda. No entanto, ela espera que os veículos elétricos e híbridos respondam por até 80% de sua produção até 2030, mesmo enquanto procura maneiras de manter os motores a gasolina após 2035.
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