Como a GWM emplaca Haval e Ora apenas entre as vendas diretas?

Estratégia da marca evita estoques parados em concessionários, mas ainda precisa deles para vender

Leo Fortunatti

Por: Leo Fortunatti

28 Julho em 09:00

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Ao separar as vendas diretas e varejo mensalmente, vemos que a GWM emplaca tanto Haval H6 quanto Ora 03 apenas entre as diretas. Ou seja, isso significa que a nota fiscal de venda é emitida pela própria GWM para o cliente, mas é uma operação diferente da venda para empresas ou grandes frotas.

Na forma tradicional, os concessionários tem um estoque que foi faturado pela fabricante para eles. Foram comprados por valores negociados e são propriedade da rede, o que permite que eles negociem esse valor, mas também tenham um valor em produtos considerável esperando pela compra, que pode demorar meses. Ou seja, a compra é feita entre o cliente e a concessionária, a chamada venda varejo.

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A venda direta pode ser feita de duas formas. A primeira é quando a negociação é direta com a fabricante, como grandes locadoras ou governamentais. Nesse caso, não há qualquer relação com concessionário além da possibilidade de entrega, se preferirem. No segundo, a concessionária faz a negociação, mas a emissão de nota fiscal e estoque é direta com a fabricante - PCD e compras CNPJ menores são feitas assim.

No caso da GWM, o concessionário não possui um estoque ou carros próprios. Por um lado, ele não tem um valor alto em carros parado em estoque, muitas vezes já pagos ao fabricante, o que permite as clássicas promoções e negociações feitas na hora da venda - uma das coisas que a GWM não quer que aconteça.

Para isso, a GWM possui diversos pontos de distribuição pelo país, que recebem os carros do porto e ficam disponíveis em um sistema para os concessionários. Vendido, a nota fiscal é emitida por um dos CNPJ da GWM diretamente ao cliente e o concessionário faz a entrega, recebendo a comissão pela venda. Por isso que os emplacamentos da marca chinesa aparecem sempre entre as vendas diretas.