A Fiat revelou em Lingotto, Turim (ITA), todos os detalhes do novo Grande Panda. O design italiano e uma plataforma global são os pilares sobre os quais se baseia o novo hatchback da Fiat, que está sendo produzido na Sérvia para aproveitar ao máximo as sinergias do grupo Stellantis, a fim de competir globalmente.
A novidade conviverá por um tempo com o Panda atual, que dividiu o desenvolvimento com o último Uno nacional. O modelo antigo seguirá em fabricação na linha de montagem da Fiat em Pomigliano d'Arco. O novo Grande Panda servirá como influência para os próximos modelos de entrada da marca no mercado brasileiro, quando Mobi e Argo devem se fundir em um único modelo.
Baseado na plataforma do Smart Car já usada no Citroen C3, o novo Fiat Grande Panda se baseia muito no estilo, quase brincando com ele, e remetendo descaradamente às formas quadradas do Panda original de 1980. Claramente, as dimensões gerais foram completamente revisadas - caso contrário, que "grande" Panda seria esse? Isso permite uma carroceria de cinco portas distribuída em um comprimento de pouco menos de quatro metros.
Fiat Grande Panda (2024), vista lateral
Fiat Grande Panda (2024), vista traseira
Os faróis são baseados nos faróis quadrados da primeira série, mas reinterpretados com pixels na parte superior que são camuflados na textura da faixa preta que percorre a dianteira de ponta a ponta. Escondidos na parte inferior da mesma faixa estão os faróis principais. Entre outras coisas, o logotipo da Fiat está posicionado em uma aba que esconde, na versão elétrica, um cabo de carregamento integrado: é o primeiro carro a ser equipado com um item do tipo.
Na lateral, as molduras na parte inferior das portas com o nome do modelo se destacam e, mais uma vez, um estilo particularmente plano que acentua a compactação dos volumes pode ser visto.
Fiat Grande Panda (2024), as letras laterais
Atrás, finalmente, retorna a referência aos faróis do Panda dos anos 1980, pequenos e verticais, caracterizados por capas transparentes e uma forma tridimensional definida pelo contorno do ombro.
Fiat Grande Panda (2024), as luzes traseiras
Na porta traseira está o nome da marca em baixo relevo, enquanto na parte inferior, à direita, está o nome do modelo. As rodas são de 17 polegadas, enquanto a distância do solo, maior do que a de um hatchback normal, destaca a alma de crossover.
Cerca de 30 centímetros mais comprido que o Panda, o novo Fiat Grande Panda preenche a lacuna deixada pela saída do Grande Punto na Europa.
Fiat Grande Panda (2024) | |
Comprimento | 3,99 metros |
Largura | 1,76 metros |
Altura | 1,57 metros |
Porta-malas | 361 litros |
O interior do Fiat Grande Panda prova que "simples" não é sinônimo de banal ou chato. O interior, embora linear e intuitivo, é repleto de detalhes que melhoram a atmosfera. Por exemplo, os dois grandes ovais que delineiam a forma do painel de instrumentos, na parte superior, e o console, na parte inferior, são inspirados na forma do circuito no teto do Lingotto, em Turim. A pista historicamente serviu como local de testes para veículos da Fiat. Tanto que, no centro do painel de instrumentos, há até mesmo a silhueta do Panda contornando uma curva.
Novamente, as saídas de ar têm o mesmo formato poligonal já visto nos faróis, enquanto na frente do passageiro dianteiro há um porta-luvas que evolui o conceito da bolsa que era equipada neste local no Panda original.
Fiat Grande Panda (2024)
A instrumentação digital fica em uma tela de 10", enquanto a multimídia tem tela de 10,25" e um software simples e intuitivo em seus gráficos. Abaixo da tela, há botões físicos para controle de ar-condicionado e, mais abaixo, tomadas USB-C, uma tomada de 12V e, em seguida, um console com carregamento por indução para smartphones e controles para o seletor de marchas. Na parte de trás, há espaço para três pessoas, com fixações isofix para cadeiras infantis nos assentos laterais, enquanto o porta-malas do Fiat Grande Panda consegue levar até 361 litros de bagagens.
A plataforma do Smart Car é chamada de "multi-energia" porque permite a instalação de trens de força muito diferentes. Como no caso do Citroen C3 europeu mencionado acima, o Fiat Grande Panda é oferecido em uma variante a combustão e outra totalmente elétrica.
A última usa uma bateria de fosfato de ferro-lítio (LFP) de 44 kWh que alimenta um motor de 83 kW, ou seja, o equivalente a cerca de 113 cv. Ele promete uma autonomia, no ciclo WLTP, de 320 km. Nenhuma especificação de carregamento foi divulgada até o momento, mas o C3 aceita até 100 kW de corrente contínua, para uma recarga de 20 a 80% em cerca de 26 minutos, e até 7,4 kW de corrente alternada.
Fiat Grande Panda (2024) no teto do Lingotto em Turim
Nenhuma informação foi divulgada sobre o Fiat Grande Panda a gasolina, mas, novamente tomando como referência sua meia-irmã Citroen, é certo que será o já conhecido motor 1.2 de três cilindros e 100 cv utilizado na Europa, presumivelmente oferecido tanto na variante a gasolina com caixa manual de seis marchas quanto na variante híbrida leve, combinada com uma transmissão automática. De qualquer forma, a tração é apenas nas rodas dianteiras.
No momento da primeira apresentação oficial, os preços do Fiat Grande Panda ainda não foram oficializados. Enquanto se aguarda a lista de preços final, estima-se que a versão híbrida poderá custar cerca de 20.000 euros (R$ 117,6 mil), enquanto a versão elétrica deverá custar cerca de 25.000 euros (R$ 147 mil).
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