Apesar de estar sendo paulatinamente abandonado por muitas montadoras, o tradicional motor de combustão interna ainda terá muitos anos pela frente no que depender da Toyota. A gigante japonesa se uniu com Subaru e Mazda para garantir o futuro dos propulsores convencionais e adianta que a nova geração de powertrains que está por vir será uma 'virada de jogo'. A promessa é de ganhos significativos em eficiência e mudanças até no design dos carros.
Em entrevista concedida recentemente à agência Automotive News, o diretor de tecnologia da marca,, Hiroki Nakajima, disse que os novos motores de 1.5 e 2.0 em desenvolvimento são uma “solução potencialmente revolucionária”. Segundo o executivo, os propulsores serão “completamente diferentes” na comparação com a atual safra em oferta e projetados com base na experiência em eficiência térmica adquirida ao longo de anos em diversas outras áreas, como hidrogênio.
Nakajima explicou ainda que os novos motores terão curso de pistão mais curto (o que foi “uma tarefa muito difícil de realizar," segundo ele) e serão todos de quatro cilindros em linha. Além disso, serão todos menores para “revolucionar o design dos veículos”, permitindo os projetistas liberdade para desenhar carros com capô mais baixo e significativamente mais aerodinâmicos.
O torque perdido no processo será compensado pela resposta instantânea de um motor elétrico associado, já que os novos motores estão sendo desenvolvidos principalmente para aplicação em conjuntos híbridos. A tecnologia é a principal aposta da Toyota para os próximos anos, mais até do que a eletrificação total incentivada por outras montadoras.
Toyota Prius - Motor
Os blocos em questão serão um 1.5 de aspiração natural, seguido de versão turbo do mesmo 1.5 aproximadamente 30% mais eficiente do que os 2.5 aspirados usados atualmente. Por fim, o mais potente da família será um inédito 2.0 turbo feito para suceder o 2.4 turbo usado em alguns modelos hoje. Será cerca de 10% menor, significativamente mais potente e até 30% mais eficiente.
A Toyota diz que os novos motores funcionarão tanto com combustíveis fósseis habituais (gasolina e diesel) quanto com combustíveis neutros em carbono, incluindo hidrogênio, combustíveis sintéticos e biocombustíveis (etanol). Os primeiros veículos equipados com os novos conjuntos chegarão ao mercado em 2026 ou 2027.
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