Em meio ao efervescente Salão do Automóvel do Pequim, lotado de lançamentos de veículos elétricos, Motor1.com Brasil conversou com Ricardo Bastos, Presidente da ABVE, sobre o futuro da indústria brasileira. O executivo foi enfático ao dizer que a produção de carros elétricos no Brasil acontecerá em breve: até 2026.
Vale lembrar que as chinesas BYD e GWM já se instalaram no país com estratégias sólidas e agressivas. Outras compatriotas, como Neta, Zeekr além de Omoda|Jaecco também anunciaram o início de vendas no Brasil, inclusive com algumas delas afirmando que terão produção nacional em curto prazo.
Com o Mover, as montadoras têm a possibilidade de obter incentivos interessantes, da ordem de até 13%. Ricardo Bastos explica que para atingir este nível de incentivos, “as montadoras terão que ralar bastante, trazendo tecnologias disruptivas”. Para Bastos, uma fábrica de baterias é o exemplo a ser atingido.
Bastos estima que a média de incentivos do Mover que a maioria das montadoras conseguirá atingir ficará em torno de 7,5%. Esta estimativa se dá com base nas tecnologias já anunciadas por associadas da ABVE, além das demais que deixaram claro o foco em híbridos flex.
Em nossa visita ao Salão do Automóvel de Pequim e também à sede da GWM global, com inúmeros laboratórios, fábrica de baterias e a imensa fábrica com capacidade produtiva de 1 milhão de carros por ano, fica evidente que o Brasil precisa avançar em produção de tecnologia para veículos elétricos.
Eletrificação usando etanol, como os futuros híbridos flex, além de outras tecnologias como célula de combustível a hidrogênio extraído do etanol também são extremamente considerados pelos chineses. Ou seja, não existe um discurso de um único caminho, mas de vários para atender o desejo do consumidor.
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