C3 Aircross é o primeiro Citroën nacional a não usar motor 1.6 de 25 anos
Conjunto aspirado está no SUV apenas para exportação e pode indicar futura aposentadoria
Quando começou a operar em 2001, a planta de Porto Real (RJ) produzia Citroën Xsara Picasso e Peugeot 206. No ano seguinte, começava a produzir motores, inclusive o tão famoso 1.6 aspirado da antiga PSA, que começou com o código TU5JP4 e evoluiu com o tempo para EC5JP4. Pela primeira vez, um modelo sairá dessa linha de montagem sem esse motor para as lojas brasileiras.
O Citroën C3 Aircross é o primeiro da marca francesa a usar o 1.0 turbo da Stellantis. Com isso, o SUV não terá o 1.6 aspirado em seu catálogo no Brasil - ele ainda será usado, com câmbio manual, para exportação - e foge de tudo o que vimos até então. Na conta, são 15 modelos nesses 20 anos com este motor, inclusive os ainda produzidos C3 e 2008.
Galeria: Citroën C3 Feel Pack 1.6 AT 2023
Faz tempo que se fala sobre o fim do 1.6 aspirado na Peugeot/Citroën. Com a Stellantis, os motores 1.0 e 1.3 aspirados e turbo foram colocados a disposição, sendo que o 208 foi o primeiro a adotar o 1.0 Firefly aspirado e turbo no seu catálogo, apesar de ainda manter o 1.6 em linha. O Citroën C3 usa o 1.0 aspirado e o 1.6 com câmbio automático, mas é esperado que o substitua pelo 1.3 com CVT ou até o 1.0 turbo em um futuro próximo.
Em poucos meses, o Peugeot 2008 deixará de ser produzido no Brasil e terá uma nova geração feita na Argentina. Abrirá espaço para o terceiro produto C-Cubed da Citroën, um SUV cupê baseado no Aircross. Este deve seguir a mesma estratégia, sem o 1.6 aspirado nascido em 1998, que em pouco tempo se aposentará depois de décadas de serviço por questões de emissões e consumo com regras cada vez mais rigorosas, e pela eletrificação.
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