Ferrari mais cara da história foi leiloada por R$ 251 milhões
Usada durante as 24 Horas de Le Mans de 1962, 250 GTO saiu até "barata" pela sua história
Uma Ferrari é, por sua natureza, algo bem caro. Quando envolve uma rica história em seu passado, esse valor sobe ainda mais. Já pensou em ter na garagem uma Ferrari 250 GTO que participou dos 1.000 km de Nurburgring e das 24 Horas de Le Mans de 1962 pela própria Scuderia Ferrari? Alguém pensou e fez ao pagar US$ 51,7 milhões neste carro.
Esta Ferrari 250 GTO 1962 tem uma história bem interessante. Com número de chassi 3765, foi uma unidade que ficou com a Scuderia Ferrari, enquanto diversas outras foram vendidas para clientes participarem de competições. Entre diversas mudanças de regras, foi o único GTO que nasceu com o motor V12 4.0 aspirado, com cárter-seco e carburadores e comandos especiais.
Pela Scuderia Ferrari, este GTO em Rosso Cina participou dos 1000 km de Nurbirgring no dia 27 de maio de 1962, onde conquistou a vitória em sua categoria e o segundo lugar no geral - curiosamente, é a única GTO Tipo 1962 a ser utilizada pela Scuderia naquele ano. Com essa ânimo, a engenharia trocou este primeiro V12 por um melhorado, com seis carburadores Weber 42 DCN, com cerca de 390 cv.
Para as 24 Horas de Le Mans, o carro passou por modificações, como mais luzes e a volta de entradas de ar adicionais, além de um novo capô para acomodar os novos carburadores. Pela Scuderia, foram 4 carros, sendo um deles a 330 TRI LM, com o V12, que venceu a corrida naquele ano. Na classificação, a GTO 250 ficou com a segunda posição no dia e quarta posição de largada.
Durante uma briga por posição, o carro acabou saindo da pista e entrando em um banco de areia. O piloto demorou 30 minutos para desatolar seu carro, indo aos boxes para reparos e continuar a corrida. Caiu para a 53ª posição, mas o motor começou a sobreaquecer justamente pelo radiador bloqueado pela areia daquele acidente anterior. Acabou não terminando a corrida.
Mas a 250 GTO não parou por aí. Sem mais função na Scuderia, ela foi preparada para a venda aos clientes. O motor foi trocado por um 3.0 6-cilindros em linha, que ainda está em seu cofre e estava em outro carro, este transformado em um carro de corrida. Nos anos seguintes, ainda participou de alguns eventos de competição com muito sucesso. Depois, foi exportado aos Estados Unidos, onde recebeu prêmios em exposições, inclusive eventos da própria marca.
O atual dono comprou a 250 GTO em abril de 1985. Foi restaurada e colecionou mais alguns prêmios até então. Entre as 32 unidades da GTO Tipo 1962, esta tem toda a documentação de sua história, desde sua produção para as competições, até a sua volta para as ruas com este novo motor.
Seu valor esperado era de cerca de US$ 60 milhões, mas ficou abaixo no fim do leilão. Mesmo assim, ultrapassou os US$ 48,7 milhões de outra Ferrari 250 GTO 1962, esta preparada pela Scaglietti. O carro mais caro da história ainda é um Mercedes-Benz 300 SLR Uhlenhaut Coupé, leiloado em 2022 por US$ 143 milhões.
RECOMENDADO PARA VOCÊ
Ferrari 250 GTO (1962-1964), a mais perfeita tradução da casa de Maranello
Semana Motor1.com: novo Corolla 2025, Tracker mais potente e mais
Todas as novidades da Ferrari que chegarão em 2025
Ano de 2025 promete vendas em ascensão: até 3 milhões de unidades
Nove em cada 10 Ferrari produzidas ainda estão em uso
Família New City 2025: Modernidade, Tecnologia e Eficiência no Segmento de Compactos
Essa sucata de Ferrari vale R$ 140 mil