Na Ferrari, interessados em fechar negócio e sair de carro novo terão de esperar pelo menos dois anos para, de fato, concretizar o sonho de ter um dos bólidos da marca na garagem. A informação foi adiantada pelo próprio CEO da empresa, Benedetto Vigna, que disse estar lotado de pedidos e com a lista de encomendas “nos níveis mais altos” já registrados.
Segundo Vigna, a procura tem sido tão forte que a marca italiana tem encomendas suficientes para cobrir todo o ano de 2025. Na prática, significa que pedidos realizados agora só serão cumpridos no ano de 2026, pelo menos.
A Ferrari tem experimentado considerável aumento de vendas nos últimos anos e colhido excelentes resultados com o lançamentos de novos modelos. Só no acumulado de 2023 até setembro, por exemplo, a empresa soma 10.418 carros vendidos - o que significa cerca de 524 veículos a mais que igual período do ano anterior.
É um feito impressionante tendo em conta que o Purosangue, uma das principais novidades da marca, ainda está em fase inicial de entregas e não atingiu o pico de produção previsto.
Outro dado interessante sobre as vendas acumuladas da Ferrari diz respeito ao desempenho dos eletrificados. De acordo com a marca, modelos híbridos venderam mais que esportivos tradicionais pela primeira vez na história da marca no terceiro trimestre. Entre julho e setembro, 51,3% dos 3.459 veículos entregues tinham trem de força eletrificado. O fato é ainda mais relevante se levarmos em conta que são que sete modelos a gasolina em oferta contra apenas quatro híbridos.
Ferrari 296 GTS
Falando em eletrificação, Vigna confirmou que o primeiro esportivo elétrico da Ferrari está a caminho e deverá ser lançado no quarto trimestre de 2025. Curiosamente, o chefe disse que a equipe de desenvolvimento está adiantada “para alguns processos”. Além disso, é certo que uma nova fábrica criada especificamente para modelos híbridos e puramente eléctricos estará operacional em Maranello em junho de 2024.
Ferrari SF90 Spider
Até 2030, a Ferrari prevê que 40% das suas vendas anuais serão representadas por híbridos, 40% por EVs e os restantes 20% por modelos tradicionais. Embora pareça que os carros movidos a gasolina estejam enfrentando uma descontinuação gradual, Vigna disse que “o ICE ainda tem muito a fazer”, acrescentando que combustíveis sintéticos poderão prolongar sua vida útil no mercado.
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