Recorde de produção de motos faz associação lançar nova projeção para 2023
Acumulado do primeiro semestre tem melhor resultado para o período em oito anos apesar de queda nas vendas
Junho encerrou o primeiro semestre do ano com vendas em baixa. Houve uma retração de 13,09% nos emplacamentos de veículos de duas rodas em junho. Ainda que os dados de comercialização fecharam a primeira metade do ano em queda, os dados de produção de motocicletas no Brasil neste período foram bastante positivos.
Dados da Abraciclo, associação que reúne as principais fabricantes de motos no Brasil concentradas em Manaus (AM), apontaram que 764.271 motocicletas no primeiro semestre de 2023, alta de 13,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com levantamento da entidade, esse é o melhor resultado para os seis primeiros meses desde 2014.
Em junho foram fabricadas 95.274 motocicletas, volume 6,3% inferior na comparação com o mesmo mês do ano passado.No acumulado do ano foram emplacadas 780.070 motocicletas, aumento de 22,5% em relação ao mesmo período de 2022. No mês de junho foram emplacadas 140.387 motocicletas, aumento de 16,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado. A média diária de vendas em junho, que teve 21 dias úteis, foi de 6.685 motocicletas.
Por conta do resultado positivo, a Abraciclo informou que fez uma revisão em sua projeção de produção para 1.560.000 unidades em 2023, alta de 10,4% na comparação com o ano passado. A projeção anterior era de 1.420.000 unidades. “Alcançamos a melhor marca de motocicletas produzidas no primeiro semestre desde 2014. Com base nas projeções dos associados, aliado a um cenário macroeconômico favorável para o segundo semestre, acreditamos que a indústria alcançará um crescimento na ordem de mais de 10%”, afirma o presidente da Abraciclo, Marcos Bento.
A associação também revisou as estimativas de vendas no varejo e de negócios com o mercado externo. Os licenciamentos devem totalizar 1.511.000 unidades, crescimento de 10,9% na comparação com o ano passado. Já para as exportações, a nova estimativa é de que sejam embarcadas 49.000 motocicletas, retração de 11,5% em relação a 2022.
No mês passado, foram emplacadas 140.312 novas motocicletas no Brasil, bem menos que as 163.418 unidades comercializadas em maio. Entre as 10 marcas mais vendidas, apenas 3 tiveram crescimento. Ainda assim, foram altas pequenas. A maior "perdedora" na lista foi a BMW, que viu suas vendas retraírem 21,83% no período.
Entre os 20 modelos mais emplacados em junho, a situação se repetiu. Das 20, apenas três tiveram crescimento na comparação com maio. Uma delas foi a vice-líder Honda Biz, que vendeu 1,69% a mais do que no mês anterior somando as versões 110i e 125 flex. Com 5,07% de crescimento, a Mottu Sport 110i apareceu como a décima moto mais vendida do Brasil em junho. No entanto, vale lembrar que se trata de um projeto da indiana TVS montado pela Dafra para que a Mottu, empresa de aluguel de motos, as ofereça como serviço. Ela não tem lojas no Brasil e não pode ser comprada diretamente.
Fica o destaque para a Yamaha XTZ 250 Lander. A aventureira da marca dos três diapasões ocupou a sexta colocação entre as motos mais vendidas do Brasil em junho com 4.081 unidades emplacadas no período, tornado-se a moto mais popular da empresa. Por outro lado, a Yamaha NMax, scooter mais conhecida da marca, saiu do Top 20.
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