Apesar de as medidas do governo para baratear os carros de entrada ainda não terem entrado em vigor, ao menos há um plano para facilitar a aquisição de veículos no Brasil. Mas baixar os preços é apenas um dos fatores que pode fazer mais pessoas comprar um carro novo. Melhorar o acesso a crédito é outro.
No entanto, com a taxa básica de juros Selic em 13,75% ao ano sem sinal de recuo por enquanto, a renúncia fiscal pode ter efeito pequeno nas vendas de carros 0km. A taxa que norteia os juros praticados em financiamentos automotivos, na forma em que está, encarece a obtenção de recursos por parte das financeiras. Por sua vez, elas repassam o custo para o consumidor fiscal.
Um relatório divulgado pelo Banco Central apontou que, na modalidade de financiamento de veículo 0km, a taxa de inadimplência ficou em 5,5% em abril, um ponto porcentual a mais do que registrado no mesmo mês de 2022. A taxa de juros praticada para este tipo de crédito de transação ficou em 28,5% ao ano ao longo do mês de abril.
Pelo relatório, o Banco Central tenta fazer crer que, por se ter uma taxa alta de consumidores inadimplentes, seria mais fácil entender e até aceitar uma taxa de juros elevada nos financiamento. Indiretamente, está tentando colocar a culpa nos consumidores. Em momento algum o relatório da entidade sequer cogita a possibilidade de reduzir a taxa Selic, o que diminuiria o custo de aquisição de crédito e poderia reduzir a taxa de inadimplência com juros menos abusivos.
O governo anunciou medidas para reduzir os preços dos automóveis no Brasil no último dia 25 de maio. Feito pelo vice-presidente e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, a redução de impostos impactará modelos de até R$ 120 mil com reduções que vão desde 1,5% a 10,79%, dependendo de algumas regras.
Esse desconto varia conforme alguns aspectos: o valor atual, sendo que quanto mais barato, maior essa redução; as emissões de poluentes e o quanto esse carro usa componentes nacionais. Representantes do setor se reuniram com Alckmin e Lula no Palácio do Planalto antes desse anúncio. Os impostos envolvidos são o IPI, PIS e Cofins.
Fonte: AutoData
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