Algo incomum aconteceu durante esta semana: dois eventos distintos, quase que simultâneos, sobre novidades da marca Hyundai no Brasil. Motor1.com esteve em ambos e, embora muita informação ainda seja mantida em segredo, ajuda a entender um novo cenário para o mercado brasileiro.
Na quinta-feira à tarde, o primeiro evento direcionado para um pequeno grupo de jornalistas foi promovido pela Hyundai-CAOA, que até então detém o domínio das vendas de modelos importados Hyundai no Brasil. Como você conferiu aqui, o grupo confirmou novidades importantes como o Ioniq, Kona elétrico e híbrido, além da quarta geração do Tucson.
Novo Hyundai Tucson N Line: 4ª geração confirmada para o Brasil
Na sequência do mesmo dia, a Hyundai Motor Brasil promoveu um grande evento para o lançamento do Creta N Line Night Edition, novidade que você também já conferiu por aqui. Neste segundo evento, conversamos com executivos da marca sobre as mudanças no modelo de cooperação entre as duas empresas, mas como você deve imaginar, ninguém falou como estão as discussões.
Durante as conversas, o que ficou nas entrelinhas, é que muitas novidades podem aparecer no Brasil em breve. Evoluindo o novo modelo de parceria, o objetivo é o de que a Hyundai Motor Brasil também possa trazer modelos importados. Neste caso, mais novidades além das confirmadas podem desembarcar por aqui.
Mas, quais seriam estes modelos? Um deles é a nova picape Santa Cruz. Segmento que vem crescendo no país, a nova picape derivada da quarta geração do Tucson - já confirmado para o Brasil - chegaria como concorrente direta de modelos Ford Maverick e Fiat Toro. Para se ter uma ideia dessa disputa, Santa Cruz mede 4,97 m de comprimento, ou seja cerca de 10 cm menor que a picape da Ford e apenas 3 mm maior que a Toro (4.94 m).
Hyundai Creta STC Concept
Vale lembrar que a própria Hyundai já fez um aceno para o segmento de picapes no Brasil com o conceito Creta STC, apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo em 2016. A picape, que foi muito elogiada, não evoluiu da versão conceitual. Em relação à Santa Cruz, a marca queria entender a receptividade nos Estados Unidos, principal mercado do mundo, para poder avaliar o lançamento em outros mercados. O outro impeditivo era justamente a barreira entre Hyundai e Hyundai-CAOA por aqui. O sucesso no mercado americano já foi conquistado. Agora a solução da barreira brasileira pode dar o sinal verde para picape, enfim, chegar.
Neste momento, duas questões precisam ser superadas para que a Santa Cruz possa ganhar as ruas brasileiras. A primeira é o volume de produção. Diferente do Tucson, que é produzido na Ásia, Europa e Estados Unidos, a Santa Cruz é feita somente no país norte-americano. Outro fator é o conjunto mecânico, que atualmente possui somente o motor 2.5 litros aspirado e nenhuma versão híbrida. O ponto é que, caso a marca siga modelo parecido com o adotado pela Ford, a novidade poderia ser uma opção de nicho e não de volume. Vamos ver como essa história evolui.
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