A segunda geração da Volkswagen Amarok estreou neste ano com visual mais esportivo e compartilhando o mesmo chassi com a Ford Ranger, trazendo novos motores a gasolina e diesel. Mas se engana quem acha que a marca alemã não apostará em uma versão eletrificada da picape, seja, algo que deverá acontecer até o final desta década segundo executivos da Volkswagen.
As informações são do site australiano Drive, que afirma que os executivos da marca alemã ainda não sabem se a Amarok seguirá o caminho da eletrificação como uma picape híbrida ou 100% elétrica. Os executivos têm a unanimidade de dizer que, se a Amarok adotar a motorização híbrida ou elétrica, haverá um esforço para que a picape não tenha a sua carga útil comprometida, bem como sua capacidade de reboque e autonomia.
Embora a nova geração da Amarok tenha uma plataforma preparada para receber motorização 100% elétrica ou híbrida plug-in, algo já colocado no radar pela Ford para a nova Ranger e o SUV derivado Everest, os executivos da VW ainda afirmam que o caminho a seguir ainda está indefinido. Petr Sulc, gerente de produto da Volkswagen, falou à mídia australiana em uma prévia internacional da picape que a fabricante está trabalhando para “buscar a melhor solução para o cliente”.
“Você tem essa compensação da carga útil e da capacidade de reboque, porque o maior problema do híbrido plug-in é: se você colocar a bateria, a carga útil cairá 400 kg”, disse Sulc. “E então você não é capaz de rebocar 3,5 toneladas, e perde exatamente o que [faz de uma picape uma picape]. Para o veículo totalmente elétrico, é o mesmo. Se você tem 3,5 [toneladas] de reboque, precisa parar a cada 150 km e recarregar".
Fora a questão das capacidades de uma picape, que poderão ser afetadas em uma versão eletrificada, Sulc destacou que tanto uma configuração 100% EV quanto híbrida plug-in possivelmente resultariam em uma redução de autonomia.
“Se você colocasse menos bateria, seria capaz de manter a [capacidade] de reboque e a carga útil, mas, novamente, trata-se do retorno da autonomia elétrica. Porque normalmente na faixa VW mais ampla, temos 100 quilômetros de autonomia elétrica [para um híbrido plug-in]. E vemos que a solução técnica [para um Amarok híbrido plug-in] é diminuir a autonomia elétrica".
Apesar do executivo da VW não dar pistas sobre qual caminho a fabricante vai seguir, vale lembrar que a Ford planeja lançar uma Ranger híbrida-plug in em 2025. E como existe a parceria entre a Ford e a Volkswagen, tudo indica que a tecnologia híbrida-plug in da Ranger pode ser a mesma usada para uma futura Amarok PHEV.
Quando questionado pela mídia australiana sobre qual poderia ser o futuro eletrificado da Amarok, o gerente de produto da VW disse que a escolha final do tipo de motorização dependerá dos futuros requisitos de emissões do Euro 7, que para variar será ainda mais rigoroso e que está previsto para vigorar na Europa em 2025.
“Se você olhar para o primeiro rascunho que foi apresentado pela última vez, não vejo um híbrido-leve como possível.”
“...Pessoalmente, vejo o híbrido plug-in [como a solução]”, disse Petr Sulc.
Para uma eventual Amarok PHEV, ficaria a dúvida se a picape adotaria um sistema híbrido-diesel ou híbrido-gasolina. Mas como a Volkswagen tem um passado complicado com o escândalo do dieselgate, a gasolina seria o combustível melhor visto. Outro fator que deverá fazer a VW inclinar para a gasolina são as novas regras do Euro 7, que terão um regulamento para motores a gasolina mais brando do que os propulsores diesel. “Você verá que as exigências para o diesel são muito maiores do que as exigências para a gasolina, então, tecnicamente, é muito mais fácil trazer um PHEV (com) um motor a gasolina”, disse Sulc à mídia australiana.
Fonte: Drive
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