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Em queda, produção de motos no Brasil têm melhor outubro desde 2014

Dados da Abraciclo apontam leve retração no mês passado

Honda 160 Bros x Yamaha Crosser 150

Os dados de emplacamentos em queda para outubro já adiantavam que o mês não seria muito positivo para a indústria de motocicletas nacional. Os números divulgados pela Abraciclo mostraram que as fabricantes associadas produziram menos no mês passado do que em setembro.

A queda foi de 1,6%, com 137.346 unidades fabricadas em outubro contra 139.622 motocicletas feitas em setembro. Apesar da retração, o mês passado não foi totalmente negativo. O resultado de outubro superou em 26,6% o resultado registrado em igual período de 2021, quando 108.456 motos saíram das linhas de montagem nacionais associadas à Abraciclo.

Galeria: Nova Honda PCX 160 2023

Ainda segundo dados da associação, esse é o terceiro melhor resultado do ano e só foi superado pelos meses de agosto (145.852 motocicletas) e setembro (139.622 unidades).  É, também, o maior volume de produção para o mês desde 2014 (144.596 unidades). Na avaliação do presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, a indústria segue em expansão e mantém o ritmo de crescimento para atender aos consumidores. “A motocicleta caiu no gosto do brasileiro que hoje a utiliza como veículo principal ou alternativo nos deslocamentos”, diz. “Além disso, é utilizada como instrumento de trabalho para os que atuam nos serviços de entrega e para aqueles que querem complementar a sua renda”, explica.

No acumulado do ano, 1.198.889 motocicletas saíram das linhas de montagem brasileiras, volume 19,3% superior ao registrado no mesmo período de 2021 (1.005.014 unidades). Esse é também o melhor resultado para os dez primeiros meses do ano desde 2014. Naquele período, foram fabricadas 1.311.123 motocicletas. Além disso, o acumulado de 2022 já superou o total de 2021, que foi de 1.195.149 unidades. A projeção para este ano é que sejam fabricadas 1.420.000 motocicletas.

Voltz EV1 Sport na Fábrica da marca em Manaus (AM)

Voltz EV1 Sport na Fábrica da marca em Manaus (AM)

As motocicletas de baixa cilindrada lideraram o ranking de licenciamentos. Segundo levantamento realizado pela Abraciclo, os modelos com até 160 cilindradas responderam por 82,1% dos emplacamentos, com 98.794 unidades. Em segundo lugar, ficaram as motocicletas de 161 a 449 cilindradas, com 17.741 unidades (14,8% dos licenciamentos). Os modelos acima de 450 cilindradas registraram 3.738 emplacamentos, o que corresponde a 3,1% do total.

Nos dez primeiros meses do ano, foram licenciadas 1.106.523 motocicletas, volume 18% superior ao registrado no mesmo período de 2021 (937.971 unidades).  Esse é o melhor resultado desde 2014, quando 1.190.031 motocicletas foram vendidas no varejo.

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