Prestes a lançar o novo SUV elétrico e-2008 no mercado nacional na próxima semana, a Peugeot está celebrando 30 anos no Brasil. A marca francesa desembarcou em terras tupiniquins oficialmente em 1992, pouco tempo depois que o mercado nacional foi aberto aos importados, dois anos antes, em maio de 1990.
No entanto a história da marca francesa começou um pouco antes, em setembro de 1988, quando o Grupo Monteiro Aranha assinou um contrato com a Peugeot. Na época o objetivo era aproveitar o acordo comercial que possibilitava a importação de carros da Argentina para assim importar o sedã 505. O modelo era produzido em Palomar pela Sevel (parceria local entre Fiat e Peugeot).
Indo para junho de 1990, a Peugeot reuniu representantes com a equipe econômica do governo Collor. Além da decisão de vir oficialmente para o Brasil em vez de ser representada por importador, as primeiras conversas já indicavam a construção de uma fábrica no Brasil, que anos depois se tornou a conhecida fábrica de Porto Real (RJ) nos anos 2000.
Mas antes da construção da fábrica fluminense, a Peugeot investiu em sua operação brasileira cerca de US$ 20 milhões nessa primeira fase. A matriz contava com 70% da operação brasileira, enquanto os outros 30% pertenciam ao sócio, o Grupo Monteiro Aranha. Oficialmente, as vendas da marca do leão começaram em agosto de 1992, trazendo do Uruguai pequenos lotes do hatch compacto 205, que vinha na versão básica SX com motor 1.4 de 75 cv. Vale lembrar que Brasil e Uruguai contavam com um acordo comercial desde 1980 que reduziam impostos.
O hatch vinha ainda na versão esportiva GTI e na conversível CTI, ambos importados da França. Segundo testes feitos por jornais e revistas especializadas da época, o 205 GTI acelerava de 0 a 100 km/h em menos de 9 segundos. Número que o alçava como o hatch mais rápido do mercado brasileiro. O motor usado era 1.9 naturalmente aspirado que gerava seus 130 cv.
A empresa abriu suas duas primeiras concessionárias na cidade de São Paulo, uma localizada no bairro dos Jardins e outra no centro da cidade. Na época, as lojas contavam com anúncios que traziam a frase “Dirija-se ao 1º mundo”. Já em 1993 a Peugeot contava com 25 lojas espalhadas pelo país, momento também que foi ajudada pela nova alíquota de importação, que caiu de 85% para 35% em junho daquele ano.
Com isso a marca passou a trazer um novo modelo de entrada, missão que ficou a cargo do 205 Junior com motor 1.0 de 50 cv, que fazia 20 km/litro na estrada desde que trafegando em velocidades de 90 km/h. Vale lembrar que esse mesmo propulsor foi o mesmo usado pelo famoso subcompacto 106 a partir de 1994.
A Peugeot ainda contou com outros grandes modelos em sua gama na década de 1990 no país, à exemplo do sedã 605 SV com motor V6 de 3,10 litros de 170 cv, o sedã grande 505 e o famoso 405, que foi a maior aposta da marca no início das importações. Menção honrosa ainda para a picape 504, que tinha motor diesel e uma capacidade de carga de 1,3 tonelada.
Não tem como falar da Peugeot sem citar o 206, o primeiro automóvel da Peugeot produzido na fábrica de Porto Real (RJ), em 2001. Com design à frente para a época de seu lançamento, 206 foi sucesso de mercado e acabou ditando um novo padrão para a categoria. No Brasil, foi vendido com motores 1.4 e 1.6, com opções de carroceria hatch e perua (SW), fora que ainda o país recebeu um lote do conversível 206 CC – sendo um dos modelos mais raros até hoje.
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