O Compass é um dos modelos de maior sucesso mundial da Jeep em sua segunda geração, que ultrapassou a fronteira dos Estados Unidos, chegando inclusive ao Brasil. Porém como deve imaginar, cada mercado tem sua necessidade e diferenças, apesar de em essência os modelos serem os mesmos. Com isso em mente, comparamos o Jeep Compass vendido no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa.
Via de regra, o que vai mudar mesmo no Jeep Compass vendido nesses três mercados são alguns detalhes visuais, bem como motorização e lista de equipamentos – que atende a necessidade e as características de cada mercado. Vale relembrar que a segunda geração (e atual) do Compass foi lançada mundialmente em 2015 e desde então passou apenas por uma reestilização.
Começando pela motorização, atualmente o Compass é vendido no Brasil em versões com o motor flex, diesel e híbrido plug-in. A configuração que bebe etanol ou gasolina vem com o motor 1.3 turbo T270, que entrega até 185 cv de potência e 27,5 kgfm de torque, sempre combinado com transmissão automática de 6 marchas. No mercado brasileiro temos ainda TD350, o motor 2.0 turbodiesel que entrega 170 cv e bons 35,7 kgfm de torque, que neste caso vem combinado a um câmbio automático de 9 velocidades e tração integral.
No início de 2022 foi lançado o Compass 4xe, a configuração híbrida plug-in do SUV médio que vem importada da Itália. O utilitário combina o motor 1.3 turbo a gasolina de 180 cv que fornece força para o eixo dianteiro, enquanto o motor elétrico fornece seus 60 cv para o eixo traseiro, assim, a potência combinada fica na casa dos 240 cv. A transmissão é a mesma das versões flex, que contam com a caixa automática de 6 marchas, enquanto a tração é integral elétrica (com os dois motores atuando em conjunto no modo híbrido).
Quando vamos para o mercado dos Estados Unidos, por lá eles têm um motor bem conhecido dos brasileiros: o 2.4 Tigershark, que foi um motor oferecido no mercado nacional para a Fiat Toro até junho de 2020, quando saiu de linha por conta da baixa procura pelo público. No mercado norte-americano o Compass é comercializado apenas com o motor 2.4 a gasolina que entrega seus 180 cv de potência e 24,2 kgfm de torque, enquanto as opções de transmissão variam: pode ter câmbio automático de 6 velocidades nos modelos de tração dianteira, ou de 9 marchas quanto equipado com tração integral.
Compass americano tem só o motor 2.4 como opção
Falando de mercado europeu, as opções de motorização são um pouco mais diversas. Além do Compass 4xe com motor 1.3 híbrido plug-in (recarregável na tomada) de 240 cv de potência que temos no Brasil, por lá esse mesmo tem também uma configuração mais mansa de 190 cv.
No velho continente temos ainda a configuração híbrida-leve batizada de e-Hybrid para o Compass, que basicamente traz um motor quatro cilindros 1.5 turbo de 132 cv e 24,47 kgfm de torque atrelado a um pequeno motor elétrico de 48 volts. Sozinho, esse pequeno motor rende 20,2 cv (15 kW), adicionando ainda 5,53 kgfm de torque extras ao utilitário. Neste caso, a transmissão é automatizada de dupla embreagem de 7 velocidades.
A Jeep aposta bastante em eletrificação na Europa, vendendo apenas as versões 4xe e e-hybrid para o Compass em países como a França e Alemanha. Mas em alguns mercados (principalmente o do leste europeu) encontramos o 1.3 turbo T4 da família Firefly (que no Brasil ganhou o nome de T270), que usando gasolina entrega entre 130 e 150 cv de potência, menos que os 185 cv do modelo nacional.
Geralmente a variante mais fraca vem com câmbio manual de 6 marchas, enquanto a mais potente é combinada a uma caixa automatizada de dupla embreagem de 6 velocidades. E como ainda é tradição, está à disposição um motor diesel: em vez do 2.0 Multijet do Compass brasileiro, na Europa há o 1.6 Multijet de 130 cv e 32,63 kgfm de torque. Em mercados como o da Itália, esse conjunto traz apenas a transmissão manual de 6 posições.
O ponto de menor diferença entre o Compass vendido no Brasil, Estados Unidos e Europa é justamente o visual, sobretudo porque estamos falando de um SUV que quer manter sua identidade independentemente em qual país seja vendido. No Brasil temos basicamente dois estilos: com para-choque mais esportivo e baixo nas versões com motor 1.3 T270 e outra configuração com para-choque mais alto e menos proeminente nas variantes com motorização 2.0 TD350, principalmente na aventureira Trailhawk.
Jeep Compass Trailhawk dos EUA com ganchos
O modelo comercializado nos EUA traz o mesmo para-choque mais baixo em quase toda a gama, com exceção do Compass Trailhawk, o único a trazer a peça mais recuada. No Brasil, todas as variantes com motor diesel têm o para-choque com altura maior em relação ao solo, bem como melhor ângulo de entrada para melhor desempenho no fora de estrada.
Além disso, o Compass Trailhawk brasileiro não tem os ganchos de amarração no para-choque dianteiro, que foi tirado do modelo nacional por questões da classificação final em segurança no Latin NCAP. Outro detalhe interessante é que o Compass da terra do tio Sam tem repetidor de seta na cor laranja, uma questão legislação local. Como é de praxe, nos EUA as opções de personalização são vastas e incluem muitas combinações de acabamento para o revestimento da cabine, que pode ser cinza com acabamento marrom e por aí vai.
No Compass vendido no mercado europeu, as diferenças são ainda menores, ficando reservada somente a rodas de tamanho menor, como a versão Longitude na Itália com rodas de 17 polegadas, que por lá é a configuração mais simples disponível. E enquanto a nossa variante básica Sport tem rodas aro 18, mas acabamento em plástico na porção central do painel, a versão italiana tem acabamento em tecido nessa mesma região.
Jeep Compass Longitude da Itália tem câmbio manual e motor 1.6 turbodiesel
Agora os equipamentos, algo que não muda muito entre os mercados. A questão é que no Brasil apenas o Compass S (topo de linha com motor flex) traz de série o pacote de assistências ao motorista e segurança, que soma frenagem autônoma para pedestres, reconhecimento de placas e detector de fadiga, além de piloto automático adaptativo, comutação automática dos faróis, monitoramento de mudanças de faixa e porta-malas com sensor de presença.
Já nos mercados dos EUA e Europa, esse pacote aparece com mais frequência em outras versões. Por fim, na Europa a Jeep comercializa itens que seriam bem-vindos por aqui, como bancos ventilados e banco do motorista elétrico com memória.
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