Não parece, mas a Mercedes-Benz Sprinter já está sendo comercializada no Brasil há um quarto de século. A terceira e atual geração do modelo foi apresentada em 2019 e segue mantendo o sucesso do comercial leve da empresa. Nestes últimos 25 anos de participação no mercado nacional, o utilitário já acumulou alguns bons números.
De acordo com a Mercedes-Benz, desde o lançamento em 1997, a Sprinter já acumula mais de 180 mil emplacamentos no Brasil. Por coincidência, no mesmo mês em que faz aniversário no mercado brasileiro, Mercedes-Benz também celebrou o marco de 5 milhões de unidades da Sprinter fabricadas na Alemanha, mais especificamente na linha de montagem de Düsseldorf.
A última atualização maior na linha Sprinter ocorreu no final de março de 2022, quando a Mercedes-Benz apresentou um novo motor para a linha Street, cuja denominação passou de 314 para 315, pois o propulsor ganhou mais força e passou a atender às atuais legislações de emissões de poluentes brasileiras.
Vale lembrar que a linha Street corresponde às versões da Sprinter que podem ser conduzidas com habilitação de carro de passeio (B), pois seu Peso Bruto Total (PBT) não passa de 3,5 toneladas. Produzido na Argentina, o propulsor OM654 sucede o OM651 e oferece importantes ganhos em economia, robustez, performance e versatilidade. Turbodiesel, 4 cilindros e com 1.950 cm3, entrega 150 cv de potência e 34,7 kgfm de torque máximo. Para efeito de comparação, o propulsor é 5% mais potente e 3% mais forte que o anterior, que entregava 143 cv. As opções 416 e 516 usam um motor 2.2 turbodiesel entregando 163 cv de potência e 36,4 kgfm.
A Sprinter Street 315 pode ser adquirida com carroceria chassi-cabine e furgão. Já a linha 416 e 516, com PBT de 4,1 t e 5 t, acrescentam a possibilidade de um furgão com janelas e van de passageiros. Dependendo da configuração são 3 opções de entre-eixos: 3.250 mm, 3.665 mm e 4.325 mm, sendo que a última tem duas opções de comprimento total. Pode-se optar por teto padrão ou elevado. No caso dos furgões a capacidade volumétrica da área de carga vai de 7,5 m3 a 15,5 m3.
O modelo 2023 mais barato da linha Sprinter é o Street 315 Chassis com o menor entre-eixos, partindo de R$ 249.800. Já a mais cara é a 516 com rodado duplo traseiro na configuração van executiva de 20+1 lugares. Esta não sai por menos de R$ 310.000, com ano modelo 2022 ainda podendo ficar mais cara dependendo dos opcionais escolhidos.
O que não muda para todas as versões da Sprinter é a transmissão, que continua manual de 6 marchas, e o sistema de suspensão, que segue sem alterações. A lista de equipamentos de segurança também segue a mesma, incluindo de série itens como controle de estabilidade adaptativo com 14 funções, assistente da fadiga, assistente ventos laterais, assistente de partida em rampa e ABA (Assistente Ativo de Frenagem), que identifica a proximidade do veículo à frente, além de pedestres e ciclistas nas travessias, assistente de vento lateral.
Na comemoração dos 25 anos da Sprinter, a Mercedes-Benz aproveitou para mostrar como 3 de seus principais sistemas de segurança que vêm de série em todas as versões do utilitário. Foram eles: controle de tração, control de estabilidade e o assistente de frenagem de emergência.
O primeiro é o mais simples e muito similar aos controles de tração de carros de passeio. O sistema reconhece quando uma das rodas perde tração e manda força para a que ainda pode tracionar por meio da atuação individual nos freios traseiros. Ele pode até equilibrar a entrega de força em uma situação de aquaplanagem, por exemplo. Da mesma forma, o assistente de frenagem de emergência, que funciona a partir dos 7 km/h, vê um obstáculo ou veículo à frente e, considerando a diferença de velocidade entre os dois, primeiro te avisa por sinais sonoros e visuais. Se o motorista não tomar nenhuma atitude, a Sprinter faz uma parada de emergência completa.
No entanto, a experiência mais interessante foi com o controle de estabilidade. Uma Sprinter equipada com suportes laterais que lembram as rodinhas de uma bicicleta infantil foi carregada com barris de água próximas ao teto, a pior situação possível. O carro precisou de um equipamento especial para possibilitar o desligamento do sistema, algo que uma unidade de fábrica não permite.
Com o controle de estabilidade, uma manobra de emergência a 60 km/h pode dar um pequeno susto, mas o sistema atua cortando potência e pressionando os freios apenas de um lado para impedir que a Sprinter tombe, independente da ação do motorista. Sem ele, a 50 km/h, a mesma manobra colocou o furgão imediatamente em duas rodas e o carro só não capotou por causa dos suportes.
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