Frenagem de emergência não é tão segura quanto parece, diz associação
Dependendo cenário, sistema pode não ser capaz de funcionar adequadamente como imaginado
Bateria de testes realizada recentemente pela American Automobile Association (AAA) revelou detalhes importantes sobre o funcionamento dos cada vez mais comuns sistemas de frenagem automática de emergência. A entidade colocou à prova uma série de veículos equipados com o dispositivo e constatou que, apesar da sensação de segurança transmitida, em muitas situações o sistema pode não ser capaz de funcionar adequadamente como imaginado.
A AAA testou diferentes cenários, velocidades e simulações de possíveis acidentes com manobras à esquerda, assim como eventuais impactos traseiros. Foram selecionados SUVs populares no mercado norte-americano, especialmente as linhas 2022 de Honda CR-V, Ford Explorer, Chevrolet Equinox e Toyota RAV4.
A cerca de 48 km/h, o AAA identificou que o sistema foi capaz de evitar completamente colisões em 17 vezes das 20 simulações, ou seja, taxa de sucesso de 85%. Nos outros três casos, a velocidade foi reduzida em 86% antes do impacto. O desempenho foi pior a 64 km/h, com taxa de sucesso de apenas 30%. A velocidade de impacto foi reduzida em 62% em média nos 14 testes em que ocorreu uma colisão.
A performance em cenários de curva à esquerda foi mais decepcionante. Nesses casos, os carros foram incapazes de detectar o perigo simulado e não conseguiram evitar os acidentes, desacelerar ou até mesmo avisar o motorista antes do impacto. As soluções foram bem mais rigorosas do que os testes habituais da NHTSA (National Highway Traffic Safety Administration) e tiveram como objetivo reproduzir situações do mundo real.
“Os requisitos de teste para esta tecnologia, ou qualquer sistema de segurança de veículos, devem ser atualizados para lidar com velocidades e cenários mais rápidos e realistas com o maior benefício de segurança para os motoristas”, disse Greg Brannon, diretor de relações de engenharia automotiva e indústria da AAA.
O sistema de frangem automática de emergência foi implementado inicialmente em modelos de luxo, mas está cada vez mais presente em veículos generalistas. Nos Estados Unidos, por exemplo, já é adotado em praticamente todos os carros novos à venda. A tecnologia funciona através de sensores e câmeras, que detectam potencial risco de colisão. Automaticamente, os freios são acionados para reduzir a gravidade do acidente ou, idealmente, evitá-lo completamente.
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Fonte: AAA via The Drive
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