Bugatti não deixará de lado sua exclusividade, diz designer da marca
Caso crie um segundo modelo de maior volume de vendas (como um SUV), o hipercarro será transformado em algo mais exclusivo
Relatos sobre um segundo modelo da Bugatti tem circulado pela internet há tempos e até os executivos da marca admitiram a possibilidade de lançar um carro que não é relacionado ao Chiron. Porém, o pessoal de Molsheim está preocupado que um produto de alto volume de produção acabe diluindo a imagem da empresa, um dos motivos pelos quais não planeja lançar um SUV nos próximos 10 anos. Dito isto, o sucessor do hipercarro com motor W16 ainda pode receber um companheiro.
Em uma entrevista com a Autocar, o diretor de design Achim Anscheidt explicou que um produto voltado para um volume maior de vendas teria que estar dentro da missão de Ettore de fazer carros especiais. É claro, sempre há o risco de que os clientes que podem comprar um Chiron ou qualquer um de seus derivados bem caros irão reclamar da Bugatti se vender para buscar volume e lucro. Anscheidt assegura que a exclusividade ainda irá prevalecer durante a era Bugatti Rimac.
Bugatti Mistral ao vivo no The Quail
"Nós sempre temos uma ideia de como seria um segundo modelo. Mas então também pensamos, vamos começar a nos vender como marca? O que você faz com este logotipo precioso? Um passo como este seria brutal demais, de vender este logo por alguns números?"
Anscheidt não é contra a ideia de um Bugatti mais utilizável, porém enfatiza que deve haver um equilibrio entre ao fazer um hipercarro tradicional ainda mais raro:
"Se fizermos um segundo modelo para o dia-a-dia, eu sempre fui um fã de balancear isto, de não esquecer as raízes da empresa ou criar algo mais exclusivo. Isto significa que, se você buscar um pouco mais de volume, você deve ser mais exclusivo do outro lado, então continuará a ser o principal produto e irá balancear tudo."
Enquanto isso, a Bugatti está finalizando a vida do Chiron. Já reservou todas as 99 unidades do conversível Mistral e os 40 Bolide feito para as pistas. O Chiron "normal" teve todas suas unidades entregues, então faltam cerca de dois anos para acabar a produção e as entregas das variantes com o motor 8.0 quadriturbo. Seu sucessor irá abandonar o motor W16 para usar um propulsor menor como parte de uma motorização híbrida.
Ainda não sabemos se terá algo em comum com o futuro V8 biturbo híbrido que a Lamborghini utilizará no substituto do Huracan (já que ambas as marcas são do Grupo Volkswagen) ou se será um motor desenvolvido especialmente pela Bugatti.
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Fonte: Autocar
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