Gasolina alcança o menor preço em um ano e meio, diz ANP
Litro do combustível atinge a média de R$ 5,04 após Petrobras reduzir valores para distribuidoras
Os preços da gasolina continuam em queda conforme os valores do barril de petróleo vai caindo no mercado global. A Petrobras anunciou uma redução no preço para as distribuidoras, que repassaram para os clientes, como revela os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O último levantamento da agência revela que o litro da gasolina tem um valor médio de R$ 5,04, o que é o menor preço praticado desde fevereiro de 2021.
Segundo a ANP, o valor médio da gasolina agora é de R$ 5,04, uma queda de 2,5% em relação à 1ª semana de setembro, um efeito causado pela redução de preços praticados pela Petrobras para o combustível. Assim, foi a 11ª semana seguida de queda no valor cobrado para os consumidores nas bombas, acumulando uma queda de 31,8% desde junho, quando o combustível atingiu o pico histórico de R$ 7,39.
O levantamento da ANP aponta que o maior preço cobrado pela gasolina está no Estado de Alagoas, onde os clientes pagarão, em média, R$ 7,09 por litro. Do outro lado da tabela está São Paulo, com o menor preço registrado, a R$ 4,35 por litro. O diesel e o etanol também registraram queda. O preço médio do etanol caiu de R$ 3,71 para R$ 3,53, um recuo de 4,9%. No caso do diesel, o valor médio foi de R$ 6,90 para R$ 6,88, apenas 0,3% menor.
Executivos da Petrobras disseram ao jornal Estadão que há mais espaço para reduções de preços na gasolina nas próximas semanas. O valor do barril do petróleo do tipo Brent tem caído constantemente e chegou a ter preços abaixo de US$ 90, empurrado por um temor de uma queda na demanda chinesa. A situação na Europa e nos EUA também tem estimulado a queda dos preços do petróleo e derivados.
No Brasil, as quedas nos valores começaram após uma limitação no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para os estados, criando um teto para a alíquota cobrada sobre alguns itens, incluindo os combustíveis e energia elétrica. Assim, os combustíveis mudaram de classificação para essenciais e indispensáveis, impedindo que a alíquota cobrada seja maior do que a média, que varia entre 17% e 18%. Alguns estados cobravam até 30% de ICMS, por considerarem os combustíveis como supérfluos.
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