Após aproximadamente dois meses de jornada de trabalho reduzida, a produção na fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP), volta à normalidade neste mês de setembro. Responsável pela produção dos modelos Nivus, Polo, Virtus e Saveiro, da Volkswagen, a unidade vem sofrendo desde 2021 pela escassez de semicondutores (componentes fundamentais para o funcionamento de diversos sistemas eletrônicos dos veículos).
Diversas paralisações e reduções de jornada foram anunciadas neste período, o que comprometeu diretamente a produção e a oferta desses modelos no mercado. A retomada só foi possível agora por conta da disponibilidade momentânea dos chips. Ainda assim, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC explicou que haverá análise mês a mês para avaliar o cenário e decidir se a produção cheia será mantida, tendo em vista que a crise de abastecimento ainda não foi totalmente superada. Em nota, a Volkswagen diz apenas que não adotará nenhuma medida para o mês:
"Com relação ao mês de setembro, a Volkswagen do Brasil não utilizará redução de jornada na unidade de São Bernardo do Campo, previstas em Acordo Coletivo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC."
Apesar da boa notícia em Anchieta, outra fábrica da Volkswagen terá atividades paralisadas. Na planta de Taubaté, no interior paulista, aproximadamente 800 trabalhadores ficarão em casa em regime de layoff. A paralisação poderá durar de dois até cinco meses e também em relação direta com a falta de semicondutores. Nesta unidade são produzidos os modelos Gol e Voyage, além de motores. Em breve, produzirá também o inédito Polo Track. Procurada por Motor1.com, a Volkswagen mandou a seguinte posição:
"A Volkswagen do Brasil informa que a fábrica de Taubaté terá um turno de produção em layoff, a partir de 1/9/2022, inicialmente por dois meses. A ferramenta de flexibilização está prevista em Acordo Coletivo firmado entre o Sindicato e colaboradores da VW e o motivo de sua utilização é em razão da falta de semicondutores."
Os semicondutores são parte integrante da central eletrônica dos veículos. Sem eles, sistemas modernos de entretenimento, segurança, ar-condicionado, iluminação, transmissão e assistência ao motorista são incapazes de funcionar. Em decorrência das paralisações geradas pela pandemia em 2020, a produção desses componentes foi afetada, atingindo diretamente a cadeia global de insumos.
De acordo com especialistas do setor, a situação deve seguir crítica ao longo de todo o ano, voltando aos níveis pré-crise apenas em 2023.
Fonte: AutoData
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