A importância do novo Citroën C3 é enorme a nível global. Boa parte da sua apresentação para a imprensa foi feita por Laurrent Barria, diretor de marketing e comunicação da Citroën a nível global, e Vanessa Castanho, VP da Citroën na América do Sul, que deixaram bem claros os planos para os próximos anos.
Tivemos alguns minutos reservados para uma conversa com Vanessa e Laurrent. Além da empolgação com o lançamento do C3, não negam que a Citroën entrará em uma nova fase com o hatch. Novo turno em Porto Real (RJ), novos concessionários e a cabeça já nos novos produtos para os próximos dois anos comprovam o quanto estão confiantes em seu produto, de olho no custo/benefício que há tempos não aparece no mercado brasileiro.
O C3 é o primeiro dos três modelos do projeto C-Cubed. Depois de muita insistência, eis que finalmente Laurrent confirma que o próximo carro é um SUV compacto. Ele já foi flagrado em testes na Índia, que coordenou parte do projeto do próprio C3, e será brasileiro em 2023. O que o diretor não fala é qual o terceiro segmento a ser coberto, com lançamento em 2024, e seguirá a escola do C3 de brigar no segmento com preço atrativo.
Vanessa Castanho faz parte de uma nova era de executivos de montadora. Simpática e sempre aberta a conversar com a imprensa, era a primeira a nos encontrar depois do test-drive com o C3 e perguntar o que achávamos. Seja bom ou não, nossos pontos foram ouvidos com muita atenção e, em troca, a perguntei sobre volume e concessionárias, um ponto que a marca teve problemas no passado recente.
"Vamos abrir pontos onde e quantos forem necessários", respondeu quando perguntei sobre cobertura de rede e a possibilidade de o C3 aparecer entre os mais vendidos do nosso mercado. A fábrica de Porto Real (RJ) voltará a ter segundo turno de produção e a rede de concessionários chegará a 180 pontos no país. Para a compra, a Citroën terá planos especiais de financiamento, revisões e acessórios, sem esquecer das manutenções fora do plano de revisão básica.
E essa estratégia é global. Laurrent Barria, que teve passagem pela PSA Brasil, veio ao país para comentar sobre isso. Reforçou que a marca francesa quer ganhar mais mercado globalmente, principalmente fora da Europa, com grande colaboração da América do Sul. E sim, a Citroën quer atacar o mercado "na contramão", com produtos mais acessíveis para o público, inclusive elétricos em um futuro bem próximo.
Modelos importados seguem nos planos, mas os executivos são firmes quando falam em trabalho por fases, começando pelo C3 e esse aumento de volume para, em um segundo momento, colocar os refinados modelos presentes na Europa em nossas lojas, como aconteceu durante boa parte da história da empresa por aqui.
Com preços entre R$ 68.990 e R$ 93.990, o novo Citroën C3 2023 ajudará bastante isso. Maior volume, mais concessionários, treinamentos e melhorias, a Citroën tem tudo nas mãos para crescer o que quer e colocar o seu hatch "com atitude SUV" entre os mais vendidos e abrir caminho para os próximos em 2023 e 2024.
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