Carros compactos ficaram mais seguros, porém preços sobem junto

Hyundai HB20, Toyota Yaris e Honda City já oferecem sistemas que só equipavam modelos de segmentos mais acima

Leo Fortunatti

Por: Leo Fortunatti

21 Julho 2022 em 05:00

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Não fazem muitos anos em que um carro ter um alerta de colisão, ainda mais com frenagem automática, era algo para segmentos superiores. Junte isso ao piloto automático adaptativo, alerta de saída de faixa, assistente de faixa, e até mesmo o alerta de ponto-cego e outros assistentes ativos de segurança.

Em 2019, o Hyundai HB20 colocou alerta de colisão com frenagem automática na versão mais cara, junto com o alerta de saída de faixas. O Chevrolet Onix apresentou para a categoria o alerta de ponto-cego, enquanto o Volkswagen Nivus, em 2020, chegou com piloto automático adaptativo entre os SUVs compactos. E isso ainda continuará a evoluir.

Um pouco atrasado, o VW Polo terá os itens que estão no Nivus, com algumas evoluções. O HB20 já atualizou seu pacote com assistente de faixa mais ativo e alerta de tráfego traseiro, assim como o Toyota Yaris adicionou o alerta de colisão com a frenagem e assistente de faixa. O novo Honda City chegou com um pacote completo e que funciona muito bem, além de outros diversos exemplos, como o Jeep Renegade, Fiat Pulse, VW T-Cross, Hyundai Creta e afins.

Isso mostra que o Brasil até que está evoluindo nessa parte, mas não o quanto seria ideal. Controles de tração e estabilidade como itens de série ainda não estão em alguns modelos, assim como mais que os dois airbags obrigatórios até em faixas superiores. Enquanto isso, no exterior, modelos de entrada já colocam em pacote básico o alerta de colisão e assistente de faixa, mesmo que a versão não tenha muitos luxos, ou algum luxo.

Bom para a segurança, ruim para o bolso?

Hoje, os preços dos automóveis já sobem em escalas gigantes principalmente pela crise dos componentes e semicondutores. E colocar mais itens, principalmente de tecnologia, colaboram nessa conta de aumentos e afastam os carros dos consumidores que não possuem um bolso tão profundo. O poder de compra, principalmente do brasileiro, não anda junto com essa evolução dos modelos.

Segurança ou preço? A velha equação parece estar mais viva do que nunca e dificilmente existe uma conta que consiga equilibrar isso tão cedo. Mais equipamentos, carros mais caros, mas mais acidentes evitados e vidas salvas, seja dos ocupantes do carro ou que estão fora dele, pedestres ou não. Entre tantas evoluções e soluções encontradas, essa ainda falta.

O que podemos abrir mão em prol da segurança? Uma central multimídia com espelhamento sem fios? Faróis e lanternas em LEDs? Teto-solar? O painel em tela completa configurável? Chave presencial? Ar-condicionado automático? Qual seria a sua prioridade na hora da compra do carro? Segurança, preço ou equipamentos? O "mundo ideal" seria tudo ao mesmo tempo, mas não parece ser tão simples assim...