Ford apoia Europa na proibição de carros tradicionais a partir de 2035

Parlamento Europeu e governos da UE devem deliberar sobre o assunto no mês que vem

Por: Dyogo Fagundes

20 Maio 2022 em 11:36

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A Ford Europa acaba de anunciar apoio à União Europeia nas questões que envolvem a proibição da comercialização de veículos equipados com motores de combustão interna no continente a partir de 2035. A montadora está se juntando às outras 27 empresas por trás da iniciativa, reforçando compromisso de oferecer apenas veículos de emissão zero a partir do referido ano na região, além de estabelecer metas obrigatórias para infraestrutura de recarga.

A ação é parte importante do objetivo principal da União Europeia de alcançar emissões líquidas zero até 2050. As empresas envolvidas, porém, pedem maior transparência e detalhamento do que deve ser feito no processo de transição para veículos elétricos, incluindo estabelecimento de cronogramas e legislação mais clara.

Galeria: Novos veículos elétricos da Ford

"Na Ford, acreditamos que a liberdade de movimento anda de mãos dadas com o cuidado do nosso planeta e uns dos outros", disse Stuart Rowley, presidente da Ford da Europa. "É por isso que estamos visando que todos os veículos Ford tenham emissão zero até 2035. Para conseguir isso com sucesso, os formuladores de políticas da UE também devem estabelecer metas nacionais obrigatórias para uma infraestrutura de carregamento elétrico perfeita que atenda à crescente demanda por veículos elétricos", completou.

Picape elétrica Ford F-150 Lightning

Os legisladores da UE estão atualmente decidindo sobre novas regras de carros limpos, seguindo propostas apresentadas em comissões. O Parlamento Europeu e os governos da região decidirão suas posições em junho, com a lei final prevista para ser adotada na sequência.

Interior futurista do elétrico Ford Mustang Mach-E

No meio da discussão, a Alemanha cogita adiar a proibição de carros tradicionais em 2035, alegando que o Ministério dos Transportes do país enxerga potencial no setor de combustíveis renováveis. Ao mesmo tempo, a Itália pleiteia atenção especial para os fabricantes de supercarros, dada a disparidade no volume de produção na comparação com montadoras maiores.