Apesar de ter sido descontinuada no mês passado, a Datsun parece não estar completamente morta dentro da Nissan. Prova disso vem de reportagem recente da agência de notícias Automotive News, que relata planos para colocar a fabricante novamente no mercado. Desta vez, segundo fontes internas, a ideia será focar na comercialização de veículos elétricos de baixo custo em mercados emergentes.
"Para milhares de proprietários em todo o mundo, a Datsun continua a fornecer uma experiência de direção envolvente, propriedade de tranquilidade pelo preço certo e ótimo valor", diz um comunicado da Nissan, sugerindo que pode haver futuro para a Datsun, afinal.
Nada está confirmado até o momento, mas a transição para eletrificação faz bastante sentido. Todo o mercado caminha nessa direção e, apesar dos custos elevados nesse início, os preços tendem a cair no futuro, abrindo espaço para fabricantes de baixo custo. O grupo Renault-Nissan já começou a explorar esse segmento com o Dacia Spring/Kwid E-Tech e nada mais natural que uma versão Datsun do modelo - ainda que na próxima geração, prevista para 2024.
A Dastun foi fundada no Japão em 1933 e ganhou fama pela produção de veículos de pegada esportiva, como 280ZX Turbo e Fairlady. Acabou sendo retirada do mercado em 1983, absorvida pela própria Nissan. Após décadas esquecida, foi ressuscitada em 2013 com proposta de baixo orçamento e apelo popular, mas falhou na missão e agora saiu de cena no mês passado sem alcançar o sucesso esperado. Tinha foco comercial voltado para Rússia, Indonésia, Índia, África do Sul e Nepal.
Quando foi revivida, a marca queria ser para a Nissan o que a Dacia é para a Renault. Começou produzindo os modelos Go, Go+ e Go Cross, desenvolvidos sobre uma versão simplificada da plataforma da antiga geração do March, e chegou a lançar também rebadges feitos a partir de veículos da Lada, como o On-Do (Granta) e o Mi-Do (Kalina). Um dos últimos lançamento da marca foi o Redi-Go, baseado no Renault Kwid.
Fonte: Automotive News
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