Para quem está de olho em comprar uma scooter de entrada hoje, tem que fazer uma escolha. Os modelos 125 são mais baratos, mas menos equipados e potentes. Já os 150 ou superiores cobram a mais, mas são mais completos e têm melhor performance. Agora, a Yamaha apresentou uma solução para este dilema.
A empresa anunciou o lançamento da Fluo 125 ABS, scooter que chega agora em abril às lojas da marca por R$ 13.390 sem contar o frete. Com isso, a novidade fica exatamente entre a NEO 125, de R$ 11.090, e a NMax 160, de R$ 16.590. Ela será oferecida com 4 anos de garantia e revisões com preço fixo.
Apesar do motor de entrada, a Fluo 125 traz boa parte dos equipamentos dos modelos maiores, servindo como mais uma opção de mobilidade acessível, mas sem abrir mão de itens de comodidade e segurança.
Se você reparou que a Fluo 125 tem um visual mais suave que as linhas angulares e marcadas da NEO e da NMax, é porque a novidade da Yamaha já existe nos mercados da Ásia. Na Indonésia, por exemplo, ela é chamada de FreeGo 125. Por aqui, ela apostará no custo benefício para tentar ganhar espaço no aquecido segmento de scooters de entrada.
Entre os principais itens de série, a Yamaha Fluo 125 traz faróis de LED, chave presencial, freio ABS dianteiro, rodas de liga leve, cavalete central, pisca alerta, pedaleira do garupa com ajuste de altura, tomada 12V ao lado da ignição, start/stop, bocal de abastecimento no escudo frontal e espaço sob o assento com capacidade para 25 litros. A marca diz que o espaço é o suficiente para abrigar um capacete fechado. O painel de instrumentos é digital com tela de LCD, trazendo informações como odômetro parcial, relógio, marcador de combustível e até medidor de voltagem da bateria.
Na mecânica, a Fluo 125 conta com um motor monocilíndrico de 125 cm³ de capacidade, alimentado por injeção eletrônica e arrefecido a ar. Rodando apenas com gasolina, ele entrega 9,5 cv de potência a 8.000 rpm e 1,0 kgfm de torque a 5.500 rpm. Os números são um pouco inferiores aos da NEO 125. No entanto, a Fluo é leve, com 98 kg de peso a seco. O câmbio também é automático do tipo CVT.
Enquanto a suspensão dianteira traz a tradicional solução de garfo telescópico com 90 mm de curso, a traseira tem amortecedor único de 88 mm de curso. No entanto, o conjunto formado por motor e balança traseira é acoplado ao chassi por meio de um link para melhorar o amortecimento e diminuir a transmissão de vibrações para o piloto.
A roda dianteira tem 12 polegadas de diâmetro, sendo calçada por pneu de medida 100/90, enquanto a traseira, também de 12 polegadas, tem pneu 110/90. Ambos os pneus são Pirelli do modelo Diablo Scooter. O freio dianteiro é a disco com 200 mm de diâmetro, enquanto o traseiro é a tambor com 130 mm.
A Yamaha também reforçou bastante o conforto da moto. A altura do assento em relação ao solo é de 780 mm, enquanto o banco em si tem 845 mm de comprimento, o que fornece mais espaço tanto para o piloto quanto para o garupa.
O contato com a nova Yamaha Fluo 125 ABS foi em um kartódromo em São Paulo. Apesar de não ser uma situação de mundo real, foi possível ter ao menos uma primeira impressão do que esperar da nova scooter. A pista estreita e as curvas travadas do circuito ofereceram diversas oportunidades de ver a manobrabilidade e aceleração da moto, como se fosse uma sequência de viradas de esquina nos grandes centros, além de lombadas e obstáculos instalados por lá.
Nessa situação em ambiente controlado, ainda não dá para dizer como a Fluo 125 vai se comportar nos buracos do dia a dia, mas a moto da Yamaha causou uma boa primeira impressão. Além de arrancar com competência, o câmbio evita usar as rotações mais altas sem necessidades, diminuindo o ruído. Com o link do conjunto de motor e balança, as vibrações do conjunto são quase imperceptíveis, independente da rotação do motor.
A grande sacada da Fluo 125 mesmo é ser um modelo "de entrada" já com freio ABS ao menos na dianteira. Isso é segurança extra tanto para pilotos experientes quanto para quem está apenas começando. Com ele foi possível parar completamente vindo a 60 km/h em menos de 15 metros numa simulação de frenagem de emergência. O bom do ABS é que foi possível obter uma frenagem similar mesmo na pista molhada, sem travar a roda dianteira ou comprometer a estabilidade.
Com somente 98 kg de peso a seco, a Fluo 125 também é bem fácil de fazer curvas, sendo amigável também nas manobras em baixas velocidades. O banco comprido ainda deve servir a pilotos de várias alturas, já que há espaço de sobra para se posicionar mais para frente ou para trás.
Ao menos nesta primeira impressão, a Yamaha Fluo 125 ABS impressiona com um desempenho típico para sua cilindrada, dirigibilidade fácil e um pacote de equipamentos grande pelo preço, além da comodidade de não ter que abrir o banco para abastecer. Tem negativos? Poucos: o espaço para os pés do piloto é apenas justo e, para encaixar um capacete fechado sob o assento você tem que coloca-lo de ponta cabeça. No mais, tem tudo para atrair mais compradores para o segmento de scooters.
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