Carro autônomo de nível 3 ainda tem sérias limitações

No ano passado, a Honda chocou o mundo ao ser a primeira das grandes montadoras de automóveis no mercado a oferecer comercialmente tecnologia de direção autônoma de nível 3 funcional. É um assunto complicado, porque a Audi teve o primeiro sistema alguns anos antes, mas nunca o ativou devido a preocupações legais sobre seu uso. Aí reside a questão: simplesmente ter a tecnologia não é suficiente. Ela precisa funcionar no mundo real, e isso é mais fácil de falar do que fazer.

Todos os olhos estão atualmente voltados para a Honda, pois é a única montadora com um modelo dotado de condução autônoma de nível 3 operando em vias públicas. O sedan de luxo Legend ganhou aprovação para uso da tecnologia no ano passado no Japão, onde pode ser usado em 90% das rodovias japonesas de acordo com a Automotive News.

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Só lembrando que os sistemas dom tecnologia de Nível 3 prometem uma condução sem as mãos e pode-se tirar os olhos da estrada, embora o motorista deva estar pronto para assumir o controle a qualquer momento. No caso da Honda, o sistema (chamado Honda Sensing Elite) serve como uma assistência de "handsfree" para o tráfego congestionado dos grandes centros, uma vez que só está disponível abaixo a velocidades de até 50 km/h. Mas é preciso estar a pelo menos 29 km/h antes de poder acioná-lo.

A Automotive News detalha uma viagem recente nas rodovias japonesas em Legend equipado com o Honda Sensing Elite, relatando que não foi tremendamente impressionante. Durante um teste drive de 90 minutos, os parâmetros corretos para acionar o sistema foram cumpridos apenas uma vez, e não durou muito antes de as velocidades subirem acima do limite de 50 km/h. Além disso, o sistema não pode funcionar em estradas com curvas mais fechadas e a Honda informou que aconselha os motoristas a não comer ou até mesmo usar óculos escuros enquanto utiliza a tecnologia.

O nível 3 é um meio-termo estranho na corrida em direção aos carros com autonomia total que funcionem de maneira satisfatória. Os veículos atuais. em sua maior parte com sistemas de nível 2, ainda requerem ação constante do condutor. O nível 4 transfere o controle para o veículo em quase todas as situações, embora um motorista ainda possa dirigir em qualquer ponto. O nível 3 se torna a solução geral que não faz nada particularmente bem, e este passeio recente no Japão parece apoiar esta conclusão.

Os compradores no Japão também podem não estar convencidos. A produção do Honda Legend com o sistema Honda Sensing Elite foi limitada a 100 unidades, mas aproximadamente 80 foram vendidos até agora. Suspeitamos que empresas como a Mercedes-Benz, que recentemente obteve aprovação internacional para um sistema próprio de Nível 3, estarão observando de perto o sucesso - ou potencial falta dele - da Honda no Japão.

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