Não há mais dúvidas que os brasileiros estão buscando mais as motos como alternativa aos preços altos dos combustíveis e dos carros, ou ainda como forma de não enfrentar as aglomerações do transporte público durante a pandemia. Tanto que o segmento cresceu mais de 26% no ano passado, enquanto o de carros subiu apenas 1,21%.
Para quem está começando agora no motociclismo portando uma CNH A que acabou de sair do forno, ou quer apenas uma moto sem dores de cabeça para operar, as scooters surgiram como uma alternativa prática. Elas unem câmbio automático, facilidade de condução e bagageiros para levar as coisas do dia-a-dia.
Mas os modelos de entrada possuem algumas limitações: elas são mais caras que uma moto convencional e não performam bem na estrada. Separamos agora uma lista com os principais modelos oferecidos no Brasil que dispensam a embreagem e podem encarar a estrada em alguns casos, mas não são uma scooter pequena.
"Ué, mas Honda Biz tem marcha", vocês estão dizendo agora. E de fato ela tem, mas a embreagem é automática e você precisa apenas usar a alavanca de câmbio. Leve e com um bom porta-capacetes sob o assento, pode ser considerada uma versão mais simples de manter de uma scooter. Seu preço público sugerido, sem frete, é de R$ 9.580 na versão 110i, menos que os R$ 10.530 da Elite 125, a scooter mais barata da marca.
Para quem quer subir de nível no motociclismo sem perder a praticidade da scooter, o próximo passo são os modelos na faixa entre 250 e 300 cilindradas. Nessa categoria, a Yamaha XMax é a líder de vendas. É mais cara, custando R$ 27.490, mas oferece 22,8 cv de potência e 2,5 kgfm de torque. Mantendo um câmbio automático CVT, é o suficiente para se manter 120 km/h na estrada sem dificuldade ao mesmo tempo em que retorna um consumo de até 31 km/l. Ideal para quem quer pegar a estrada eventualmente com a scooter. Se você quiser uma alternativa mais em conta, a Dafra Citycom 300i é menos equipada, mas custa R$ 24.990.
Vamos supor que você fez o caminho a partir de uma scooter pequena, passou pela intermediária e tomou gosto pela coisa. As maxi-scooters são o passo final nesse sentido, mas são bem mais caras e há menos opções. A Kymco AK550i é a adição mais recente ao segmento, com um motor de 550 cm³, 51 cv e 5,2 kgfm aliado ao câmbio CVT. Tem performance de sobra para as estradas e a praticidade de uma scooter convencional. Mas não é barata: R$ 61.900.
Talvez você não tenha pensado nisso, mas a Honda viu um espaço no mercado para uma moto que unisse a praticidade da scooter com a capacidade de uma uma aventureira. Este é o conceito básico da X-ADV, que mantém os bagageiros e o escudo frontal, mas com chassi reforçado e suspensões de longo curso. A parte interessante é que o câmbio não é automático CVT, mas sim automatizado de dupla embreagem com 6 velocidades, favorecendo desemprenho. O motor é bicilíndrico de 745 cm³ com 54,8 cv e 6,93 kgfm. No entanto, você paga pela tecnologia: R$ 72.200 sem frete.
Provando que você não precisa necessariamente ter uma scooter ou similar para ter um câmbio automático na moto, a nova geração da Honda Africa Twin passou a oferecer a opção também pelo câmbio automatizado de dupla embreagem com 6 marchas. Mais leve, com mais tecnologia embarcada e um motor maior de 1.084 cm³, entrega 99,3 cv e 10,5 kgfm. Com essa transmissão, a moto custa a partir de R$ 81.800.
A Honda Gold Wing é superlativa em tudo. Tem motor de 6 cilindros contrapostos, 126 cv e 17,3 kgfm. É praticamente um Civic de duas rodas, oferecendo airbag e espelhamento de smartphone. Reforçando a proposta de estradeira para longas distâncias, ela também oferece uma transmissão automatizada de dupla embreagem com 6 velocidades. O preço, porém, também é próximo de um Civic: R$ 145.237.
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