Extrair o máximo de autonomia possível de um veículo elétrico requer bem mais do que apenas equipá-lo com baterias de alta capacidade. Prova disso vem da Mercedes-Benz através do recém-apresentado Vision EQXX, que inovou não apenas no aspecto do design como também da aerodinâmica. O conceito explora a fundo o quesito eficiência e consegue superar 1.000 km de autonomia com bateria de menos de 100 kWh.
Na prática, o rendimento é bem superior ao do EQS, que tem alcance oficial de 770 km mesmo adotando bateria maior (107,8 kWh). O diferencial do Vision EQXX está justamente no design aerodinâmico, que resulta em coeficiente de arrasto de apenas 0,17, contra 0,20 do EQS. É justamente essa filosofia que a empresa quer aplicar nas versões elétricas de seus SUVs, modificando profundamente o desenho tradicional.
Segundo a marca, redução de apenas 0,01 no coeficiente aerodinâmico adiciona aproximadamente 2,5% ao alcance. Nesse sentido, os novos SUVs elétricos da empresa terão formas mais fluidas e linhas mais adequadas à proposta de máxima eficiência. Detalhes dessa estratégia foram revelados recentemente pelo diretor de tecnologia Markus Schäfer, em entrevista concedida à revista britânica Autocar.
Segundo o executivo "o maior fator para alcançar a eficiência é a aerodinâmica vezes o fator do tamanho do veículo". Nesse sentido, explicou que os SUVs do futuro terão formato de carroceria diferente para melhorar o rendimento e isso exigirá soluções específicas na parte traseira do carro para otimizar o fluxo de ar. Apesar do esforço, Schäfer reconhece que SUVs jamais serão mais eficientes que sedãs em termos aerodinâmicos.
Ainda assim, garantiu que os SUVs EQE e EQS serão significativamente mais eficientes que suas versões tradicionais à combustão. Hoje, para efeito de comparação, os modelos GLS e GLE têm coeficiente de arrasto de 0,32 e 0,29, respetivamente. As versões elétricas terão formas mais suaves, arredondadas e números bem mais animadores.
Fonte: Autocar
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