A Jeep já teve um 2021 bem movimentado, com a reestilização do Compass, um de seus modelos mais vendidos no Brasil; a estreia do motor 1.3 turboflex de 185 cv para substituir os 2.0 do Compass e 1.8 do Renegade (em breve); e a chegada do inédito Commander, com 7 lugares. E, acredite se quiser, 2022 promete ser ainda mais agitado para a marca de utilitários, pois algumas novidades acabaram ficando para o ano que vem.
O plano inicial da Jeep era ter lançado no país alguns deles, em alguns casos já contabilizando um ano de atraso. Entre a pandemia, escassez de componentes, desvalorização do real e até a alta demanda dos veículos em outros mercados, a fabricante teve que rever os planos diversas vezes, chegando ao ponto de que até um dos carros que já estava confirmado subir no telhado e pode até não vir mais.
Será com o Renegade que a Jeep começará os trabalhos em 2022. Como dissemos há pouco tempo, quando tivemos a oportunidade de dirigir uma unidade camuflada do SUV compacto, o campeão de vendas da marca terá uma renovação visual e receberá o tão esperando motor 1.3 turbo de 185 cv. A linha mudará bastante, pois o propulsor 1.3 será a única opção de motor para o carro, aposentando não só o 1.8 E.torQ flex como também o 2.0 turbodiesel. Isso significa que, pela primeira vez em sua história, um motor turbo flex será associado a uma versão 4x4.
Não levará muito tempo para chegar às lojas, com a previsão de estreia entre janeiro e fevereiro. A Jeep precisa correr para colocar o Renegade 2023 nas concessionárias por conta das normas do Proconve L7, que obrigou a Stellantis a matar o 1.8 E.torQ. Será o tempo para vender as unidades remanescentes no estoque (a lei diz que precisam ser faturadas até março).
Outra novidade que já foi confirmado pela Jeep é o novo Grand Cherokee L, nova geração de um dos maiores SUVs da montadora. Foi revelado em janeiro deste ano nos Estados Unidos e já foi avistado no Brasil, rodando sem qualquer camuflagem. A própria Jeep já havia dito que traria o utilitário esportivo ao país em 2022. Virá na versão L de 7 lugares, posicionando-se como uma opção de luxo acima do Commander.
Medindo 5,20 metros de comprimento, o grandalhão deve chegar apenas na versão mais cara (afinal, custará muito de qualquer forma), contando com itens como sistema de som com 19 alto-falantes, controle de cruzeiro adaptativo, visão noturna, conexão 4G Wi-Fi nativa e muito mais.
Além do mistério sobre quanto deve custar (espere por algo acima de R$ 400 mil), a Jeep ainda não fala sobre qual será sua motorização. Nos EUA, é vendido nas versões 3.6 V6 de 294 cv e 5.7 V8 de 362 cv, sempre com uma transmissão automática de 8 marchas e tração 4x4. O V6 ajudaria a ter um preço não tão absurdo e ficaria dentro das normas do Proconve L7. Porém, a empresa já mostrou o Grand Cherokee L 4xe, com um sistema híbrido plug-in de 375 cv e que faz até 24,2 km/litro. Como a Stellantis está falando muito de eletrificação, seria uma boa opção para o Brasil.
Há tempos falamos sobre a Jeep Gladiator no Brasil. Fontes ligadas à marca falaram do lançamento para o 2º semestre de 2020, esperando por uma redução na demanda nos EUA para conseguir importar algumas unidades para cá. Porém, quando a Jeep finalmente conseguiu atender aos pedidos na América do Norte e poderia mandar a picape do Wrangler para cá, veio a pandemia e a disparada da cotação do dólar.
Este novo cenário fez a Jeep mudar os planos e a picape ficou no limbo ao longo de 2020, visto que a empresa precisou até adiar outros lançamentos com o Compass e o Commander. Com o dólar um pouco mais estável, a fabricante iniciou os testes da picape no Brasil, avistada diversas vezes por aqui e já sem camuflagem. Agora a estreia é aguardada para o ano que vem, vindo somente com o motor 3.6 V6 Pentastar a gasolina, de 285 cv e 35,9 kgfm. E não espere que custe menos de R$ 350 mil - preço inicial do Wrangler.
Em janeiro de 2020, a Jeep apresentou seus primeiros modelos híbridos, com o Compass 4xe e Renegade 4xe, mostrados na feira Consumer Electronics Show (CES) em Las Vegas (EUA). Na ocasião, Breno Kamei, o diretor das marcas Ram, Dodge e Chrysler, conversou com Motor1.com e revelou que a Jeep venderia a dupla de híbridos plug-in no Brasil ainda naquele ano, importados de Melfi (Itália).
Veio a pandemia e tudo atrasou, inclusive o lançamento dos carros na Europa. Assim, a Jeep foi empurrando os dois, dizendo que apenas um chegaria em 2021, depois adiando os dois para este ano. A última vez que falou a respeito, a fabricante afirmou que um deles seria lançado no final de 2021, o que também não aconteceu - o governo discute uma mudança nos benefícios fiscais para eletrificados para o dia 1º de janeiro de 2022, o que atrapalha muito o planejamento das montadoras.
No cenário atual, o Compass 4xe é o único que tem 100% de chances de vir. Já foi flagrado em testes no Brasil sem usar nenhum disfarce, fazendo o trabalho de homologação. E, como a expectativa da marca é que custasse um pouco mais do que a versão Trailhawk, até conseguiria não ultrapassar muito o preço do Commander.
A revista Quatro Rodas afirma que o carro foi homologado na versão S, a mais cara sem partir para a configuração off-road Trailhawk. Utiliza o mesmo 1.3 turbo, porém apenas abastecido com gasolina e entregando uma potência combinada de 240 cv, enquanto o rendimento pode chegar a 50 km/litro, aproveitando a autonomia elétrica de 50 km. E, como o motor elétrico move as rodas traseiras, acaba contando com um sistema 4x4.
Enquanto o Compass 4xe já circula no Brasil e estaria até homologado, o Jeep Renegade 4xe é o que tem seu futuro incerto para o nosso mercado. Também havia sido confirmado para o país e, na época em que foi apresentado, estimava-se que custaria menos de R$ 200 mil, posicionado acima da versão Trailhawk.
Só que isso foi em outros tempos, quando a cotação do dólar era R$ 4,00 e o custo dos componentes não estava inflacionado por causa da escassez - naquele momento, um Renegade Trailhawk custava R$ 168.890, enquanto hoje é vendido por R$ 180.990. Assim, o Renegade 4xe pode passar facilmente dos R$ 200 mil, principalmente se o governo realmente mexer nas isenções para eletrificados.
Com este cenário, a Stellantis acaba olhando bem para o Renegade 4xe e faz as contas para ver se vale a pena trazê-lo. A Fiat vende o 500e por R$ 239.990, enquanto Peugeot 208 e-GT custa R$ 244.990, só que ambos são bem mais baratos na Europa do que o Renegade PHEV na versão Limited (a mais em conta), o que já indica que não custaria menos de R$ 250 mil no Brasil. O cliente estaria disposto a pagar isso no SUV compacto ou olharia direto para o Compass 4xe?
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