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Ford recicla plástico do oceano para fazer peças do Bronco Sport

Do fundo do mar para o seu carro

Bronco Sport na lama - visão frontal

Há muito tempo que a preocupação ambiental das montadoras deixou de ser apenas focada na emissão de poluentes. Além do uso de materiais recicláveis, marcas como a Volvo já utilizam tecidos sintéticos no lugar do couro, visto que a criação de gado em larga escala também impacta o meio ambiente.

Mas há formas e formas de se fazer reciclagem. A Ford, por exemplo, já está utilizando plástico reciclado que é retirado do fundo dos oceanos no Bronco Sport. É o primeiro veículo, segundo a marca, a utilizar desse tipo de material. No SUV, o plástico é utilizado em pequena escala, mas em função fundamental.

Espaço no banco traseiro do Bronco Sport

A Ford obtém náilon a partir do plástico que é despejado nos mares e reciclado. Para o Bronco Sport, ela utiliza o material nos clipes usados para a guiar os chicotes elétricos dos airbags laterais de cortina. Os clipes ficam presos nas laterais dos bancos traseiros, pesam 5 gramas cada e não ficam visíveis aos passageiros. Segundo a marca, seus testes mostraram que, apesar da exposição à água salgada e ao sol, o material é tão forte e quanto o plástico feito diretamente a partir do Petróleo.

O material utilizado pela Ford no Bronco Sport é coletado no Oceano Índico e no Mar da Arábia por uma empresa especializada, a DSM Engineering Materials. Esse plástico já é utilizado em outros bens de consumo, mas as peças automotivas até agora não estavam na lista. Depois de ser lavado e seco, o material é transformado em pequenos grânulos e moldado por injeção pelo fornecedor HellermannTyton.

A Ford já estuda produzir outras peças, como suportes de transmissão, protetores de cabos e trilhos laterais de assoalho, que podem ser atendidas pelas características de resistência e durabilidade do material. Segundo a marca, o náilon reciclado custa 10% menos e consome menos energia na produção que o plástico feito a partir do petróleo.

A Ford afirma que o uso desse material "abre novas oportunidades para o esforço global de redução dos detritos dos oceanos, que prejudicam a vida marinha ou terminam depositados em aterros sanitários".

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