Brasil produziu mais motos em 2021 do que em 2019, pré-pandemia
Apesar de algumas fábricas ainda terem dificuldades logísticas, produção está em alta
Os números de vendas de motos 0km no Brasil estão em rota de recuperação. Em setembro, emplacaram-se 5,98% mais motocicletas do que em agosto. Respectivamente, foram 108.848 unidades comercializadas contra 102.708. Agora, a Abraciclo, entidade que reúne as principais fabricantes nacionais, divulgou os números da indústria.
Do ponto de vista de produção, as notícias também são positivas, apesar de o mês de setembro não ter sido dos melhores. No mês passado, 108.948 motocicletas saíram das linhas de montagem, a maioria concentrada em Polo Industrial de Manaus (PIM). O número foi 11,9% inferior ao registrado em agosto (123.722 unidades). Um dos fatores que atrapalharam os dados de setembro foi a paralisação temporária que a Yamaha fez na linha de produção de motos.
O contraponto está nos números de produção do acumulado do ano. Entre janeiro e setembro de 2021, as fabricantes situadas no PIM produziram um total de 896.558 motocicletas. A boa notícia é que esse número já superou o registrado em igual período de 2019, antes da pandemia. O crescimento no comparativo é de 7,2%, uma vez que 836.450 unidades foram fabricadas naquele ano até setembro.
A previsão da Abraciclo para 2021 é de que a indústria de duas rodas nacional encerre o ano com cerca de 1.220.000 unidades produzidas. O presidente da entidade, Marcos Fermanian, afirmou que "as associadas estão acelerando o seu ritmo de produção para atender a demanda. Além disso, mantêm a programação de lançamentos para ampliar a oferta de produtos e atender às exigências do consumidor”.
O executivo destacou que o mercado de motocicletas deve seguir em alta, apesar da crise econômica. “A alta nos preços dos combustíveis tem levado muitas pessoas a adquirir uma motocicleta por ser uma opção mais barata e econômica”, disse. “Além disso, é uma alternativa de deslocamento seguro para evitar a aglomeração do transporte público e fonte de renda para aqueles que passaram atuar nos serviços de entrega, um setor que já vinha crescendo e ganhou impulso ainda maior durante a pandemia”.
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