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"Preços dos carros subirão ainda mais", alerta CEO da Renault

Aumento é reflexo da escassez de chips e dos custos altos das principais matérias-primas

Renault Captur 1.3 Turbo 2022

A complicada situação do mercado em termos de preço deverá ficar ainda pior no ano que vem, alertam executivos do setor. Em entrevista concedida recentemente à imprensa espanhola, o CEO da Renault, Luca de Meo, afirmou que a crise gerada pela escassez de semicondutores e o aumento do custo das matérias-primas terão impacto ainda maior sobre o preço dos veículos.

"Os preços vão subir ainda mais nos próximos 12 meses", disse de Meo ao jornal econômico espanhol Expansion. Fabricantes de chips e semicondutores (itens indispensáveis na produção de veículos) estão aproveitando a escassez dos componentes para cobrar mais caro. Além disso, os custos com aço, gás, energia, cobre e alumínio subiram consideravelmente. O impacto no preço final do carro é inevitável.

Comparativo: Jeep Compass Sport vs. Renault Captur Iconic

Montadoras de todo o mundo têm realizado paradas constantes nas fábricas e reduzido metas de produção. As vendas em muitos mercados também caíram. Apesar disso, muitas fabricantes tem registrado lucro. Isso porque os poucos semicondutores disponíveis estão sendo usados na produção de veículos mais caros e, consequentemente, com maior margem.

Há poucos dias, a BMW anunciou estava aumentando sua previsão de lucro para o ano justamente por causa dos preços mais altos.

Crise dos chips

Os semicondutores são parte integrante da central eletrônica dos veículos. Sem eles, sistemas modernos de entretenimento, segurança, ar-condicionado, iluminação, transmissão e assistência ao motorista são incapazes de funcionar. Em decorrência das paralisações geradas pela pandemia em 2020, a produção desses componentes foi afetada, atingindo diretamente a cadeia global de insumos.

Os maiores produtores mundiais dos componentes estão localizados em países da Ásia, como Taiwan e Malásia. A situação deve seguir crítica ao longo do ano que vem, voltando aos níveis pré-crise apenas em 2023.

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