Preço da gasolina já passa de R$ 7 por litro no Brasil
Litro da gasolina mais caro está no Rio Grande do Sul, onde o preço chega a R$ 7,18
Quem está na rua ao volante viu o cenário desolador ao olhar o totem de preços nos postos de combustíveis Brasil afora. Isso porque o preço do litro da gasolina comum já ultrapassou a marca dos R$ 7,00 em ao menos três estados brasileiros, de acordo com a pesquisa semanal de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Realizada entre o domingo retrasado (15) até o último sábado (21), a pesquisa da ANP mostrou que o preço mais alto da gasolina está nos estados do Rio Grande do Sul e Acre. No Sul, o valor do combustível chega a R$ 7,18, enquanto que no estado da região Norte o litro da gasolina está sendo comercializada a R$ 7,13.
Já descendo para o Sudeste, no Rio de Janeiro, a ANP analisou 255 postos e o valor mais alto encontrado foi de R$ 7,05 pelo litro, com a média ficando em R$ 6,48. Indo para o Acre, onde 39 postos passaram por análise, a média do litro do combustível derivado do petróleo foi de R$ 6,45. E como já citamos, o preço mais alto encontrado pelo órgão foi de R$ 7,13. O 4º estado com preço mais alto foi Sergipe, mas já abaixo dos R$ 7,00 (R$ 6,78), com o top5 fechando com Minas Gerais (R$ 6,75).
O valor acima dos R$ 7 por litro da gasolina na bomba tem relação direta com o aumento do valor médio da gasolina nas refinarias feito pela Petrobrás, cujo reajuste chegou a 3,5% na semana passada, chegando a R$ 2,75 reais/litro. Essa ação faz parte da política de preços em prática desde 2017, no qual o preço de mercado está alinhado ao praticado no mercado internacional. Na época, a estatal justificava que a ideia era “permitir maior aderência dos preços do mercado doméstico ao mercado internacional no curto prazo”, o que daria a condição da estatal competir “de maneira mais ágil e eficiente”.
Vale lembrar que, além da cotação nas refinarias, os preços que o consumidor encontra direto na bomba depende de fatores como a adição obrigatória de biocombustíveis (à exemplo dos 27% do etanol na gasolina), bem como as margens de distribuição e revenda.
Ainda falando em aumentos, outro combustível que sofreu reajuste foi o etanol hidratado, que valorizou 2,22% na semana pesquisada. Com isso, sua média de preço por litro ficou em R$ 4,49, assim ficando mais caro por três semanas seguidas como os outros combustíveis. O seu preço mínimo no Brasil ficou em R$ 3,44 (estado de São Paulo), enquanto o preço máximo encontrado no país foi de R$ 6,89 (Rio Grande do Sul) – uma diferença abissal de R$ 3,45. O preço do etanol nas usinas também subiu de forma considerável, tanto que o indicador Cepea/Esalq apontou um salto de 9,2% em São Paulo.
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